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Lulu Santos, Cláudia Leitte, Carlinhos Brown e Daniel cantam Tim Maia no The Voice Brasil: formato inovador agradou o público | Alex Carvalho/TV Globo
Lulu Santos, Cláudia Leitte, Carlinhos Brown e Daniel cantam Tim Maia no The Voice Brasil: formato inovador agradou o público| Foto: Alex Carvalho/TV Globo

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The Voice Brasil. Domingo, às 15h35. RPC TV.

No ar há pouco mais de um mês na TV Globo, o The Voice Brasil já revolucionou os concursos de talentos na televisão brasileira. Versão do programa holandês The Voice of Holland, do qual a Rede Globo comprou os direitos em maio do ano passado, a atração capturou o público pelo formato inovador – audições às cegas seguidas de duelos musicais –, pela disputa entre os times de quatro "técnicos" muito queridos do público – Lulu Santos, Carlinhos Brown, Cláudia Leitte e Daniel –, pela edição cuidadosa e pelo carisma do apresentador Tiago Leifert.

Uma diferença importante em relação a outros programas caçatalentos, como o American Idol (e a versão nacional Ídolos) é a inexistência dos "micos", as audições com candidatos bizarros, exóticos, sem experiência ou simplesmente ruins. Aqui, o nível é altíssimo, todos os concorrentes dominam a técnica e têm experiência com música.

Para tanto, a equipe do programa realizou audições prévias em oito capitais brasileiras – Porto Alegre, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Natal e Salvador –, nas quais selecionou 105 candidatos entre os mais de 20 mil inscritos a partir de maio deste ano.

O programa propriamente dito estreou no dia 23 de setembro, com a primeira das quatro audições às cegas – nas quais os quatro jurados ficavam de costas para o candidato, e só o viam se acionassem o botão da cadeira, que indicava o desejo de recebê-lo no respectivo time. O objetivo era avaliar apenas a voz, sem a influência da aparência, do figurino, da idade, da história de vida, do carisma ou da performance no palco.

Dessas audições, cada "técnico" selecionou aproximadamente 12 candidatos para o seu time – que se enfrentam entre si durante a fase das batalhas, que começou no último dia 21 e vai durar três episódios. O candidato derrotado em cada duelo pode ser "adotado" por outro técnico e continuar no programa.

Em seguida virão as semifinais, nas quais cada equipe chegará com seis participantes. As apresentações serão individuais, e o candidato que não receber votos suficientes do público nem for salvo por seu técnico será eliminado. Apenas um competidor de cada time avança para a grande final, que deve ocorrer no dia 16 de dezembro. O vencedor leva um prêmio de R$ 500 mil, um contrato com a Universal Music, gerenciamento de carreira e um carro zero quilômetro.

Em resumo, o programa é bem feito, tem um formato inovador, produção impecável, cenário moderno e impactante, jurados carismáticos e competidores de alto nível. Mas um detalhe deixa a versão brasileira em uma posição desfavorável em relação ao programa exibido nos EUA: a capacidade vocal dos técnicos/jurados. Lulu Santos, Carlinhos Brown, Cláudia Leitte e Daniel são artistas consagrados, mas no quesito voz estão muito aquém de Adam Levine, Cee Lo Green, Christina Aguilera e Blake Shelton, os técnicos de lá.

Resta saber se o grande vencedor vai "emplacar" no mercado da música, o que não aconteceu com os ganhadores de outros programas do gênero.

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