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Daniel Henney, Alex O’Loughlin e Katherine Moennig: belos cirurgiões | Divulgação
Daniel Henney, Alex O’Loughlin e Katherine Moennig: belos cirurgiões| Foto: Divulgação

Mal foi assinado o atestado de óbito do seriado E.R., que pendurou os bisturis depois de 15 anos no ar, e mais uma série sobre os bastidores da medicina acaba de estrear. E com sucesso. Trata-se de Three Rivers, em exibição no Brasil pelo canal pago da Universal, às 23 horas das quartas-feiras. A trama se desenrola na cidade de Pitts­­burgh, na Pensilvânia, em um hospital especializado em transplantes. O diferencial do programa seria exatamente esse: lidar com o paradoxo emocional inerente à questão da doação de órgãos. Enquanto uns choram a perda de um ente querido, ou­­tros festejam a possibilidade da sobrevivência, do início de uma nova vida.

Os chamados dramas médicos fazem parte da tradição televisiva norte-americana, ao lado das séries policiais e das histórias de tribunal. Atualmente, há duas outras séries de enorme sucesso internacional que têm hospitais como cenário. Grey’s Anatomy, exibida no Brasil pelo canal Sony, é romântica e mais focada nos relacionamentos de amor e amizade entre os personagens centrais do que nos pacientes e suas doenças. Esse não é o caso de House, cujo personagem-título (vivido pelo britânico Hugh Laurie) é misantropo, ranzinza, porém brilhante. E sempre desafiado por casos médicos bizarros, de diagnósticos difíceis.

Three Rivers, de certa forma, mistura elementos tanto de Grey’s Anatomy quanto de House. O personagem central é o cirugião Andy Yablonski (o australiano Alex O’Loughlin), um sujeito mais afável do que o dr. House, mas também sarcástico e perspicaz. Na episódio exibido semana passada, Yablonski deixou escapar que teve uma adolescência no limite e esteve a um passo da delinquência. Sinal de que há mistérios a serem desvendados sobre sua pessoa.

Entre seus companheiros estão a intempestiva Miranda Foster (Katherine Moennig), que en­­frenta a obrigação de ser uma cirurgiã tão brilhante quanto seu falecido pai, e o sedutor Da­­vid Lee (Daniel Henney), médico de origem coreana que tem a reputação de haver despedaçado tantos corações quanto já transplantou. São personagens que prometem, mas que não garantem longevidade a uma série, especialmente no ultraconcorrido cenário televisivo norte-americano.

Entre as qualidades de Three Rivers está a ótima edição e a forma inteligente com que busca interligar as histórias de doadores e receptores de órgãos, mas pode ser que, como o tempo, essa novidade se esgote. Daí é sempre bom ter no elenco uma veterana da categoria de Alfre Woodard (vencedora de quatro Emmy e um Globo de Ouro), perfeita no papel da experiente e topetuda cirurgiã Sophia Jordan.

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