Tinido crescente

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Criada em julho de 2005, a revista on-line Tinidos, iniciativa surgida a partir da vontade e necessidade de um grupo de amigos em divulgar a cena independente local e nacional, veio crescendo com o passar dos anos, conquistando destaque entre os principais veículos virtuais dedicados ao gênero indie e, principalmente, ganhando o respeito e a confiança do grupos que formam a prolífera comunidade de bandas mais preocupadas em fazer boa música do que em descolar os cada vez mais escassos contratos com as grandes gravadoras do país.

A partir de hoje, o trio Marcelo Urânia, Fabiana Bubniak e Fernando Souza, que comanda o projeto, realiza a terceira edição do Festival Tinidos. O evento apresenta mudanças positivas e indicativas de uma maior integração não somente entre as bandas, mas entre as casas noturnas que cedem seus espaços a formações que se recusam a interpretar repertórios formados essencialmente por covers. Até domingo, 20 bandas (cinco vindas de outros estados e 15 da capital parananense) revezam-se entre seis palcos espalhados pela cidade, concretização de uma idéia que sempre esteve na pauta da equipe Tinidos. "Era vontade de todos que fazem parte da organização do festival a realização de um circuito. Porém, conseguir conciliar as datas de várias casas de shows não é uma tarefa fácil, assim como a logística do evento. Mas os proprietários das casas de shows apresentaram simpatia com o formato. Todos foram bem receptivos e gostaram da idéia do circuito", comemora o trio no material enviado à imprensa.

Além da livraria Fnac, que apóia a inciativa desde o ano passado realizando o evento paralelo Semana do Rock Independente, o terceiro Festival Tinidos conta com shows nos bares Korova, Porão Rock Club, Jokers Pub, Hangar e 92 Graus (confira a programação no quadro abaixo), que, graças à competência da equipe organizadora, conseguiram chegar a um acordo quanto a um preço único (e bastante acessível) para cada uma das cinco noites: R$ 10. "O formato de circuito nos possibilitou fazer uma mescla de estilos. Bandas que nunca se imaginaram dividindo palco, ou bandas que nunca se imaginaram tocando em determinado lugar, passarão por experiências novas, e interagirão com grupos e lugares diferentes", explica a equipe.

Tal variedade de estilos fica evidente na escalação do festival, que este ano apresenta tanto nomes badalados da cena local (Charme Chulo, Poléxia e Criaturas), quanto bandas curitibanas pouco conhecidas, reveladas pela parceria do Tinidos com o projeto PrasBandas – mostra itinerante idealizada pelo produtor curitibano Getúlio Guerra, que tem como intuito fazer uma radiografia musical dos bairros da cidade, entre elas Complexo B, Sr. Chaplin, De Mefs e 5 Graus.