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Figuras sombrias e tristes são reveladas pelas imagens de Chambi | Martín Chambi/Divulgação
Figuras sombrias e tristes são reveladas pelas imagens de Chambi| Foto: Martín Chambi/Divulgação

Considerado o primeiro fotógrafo indígena latino-americano, Martín Chambi (1891-1873) fez miséria com o equipamento que tinha em mãos durante a primeira metade do século 20. "Poeta da Luz", como passou a ser chamado por obter efeitos luminosos impressionantes, o peruano retratou sob ótica singular a diversidade e a riqueza cultural do povo dos Andes. O Museu Oscar Niemeyer recebe 88 destas fotos na exposição Martín Chambi (confira o serviço), que ficam no espaço de 30 de abril a 26 de junho.

"O que Chambi retratou foi um Peru marginal. O objetivo do trabalho dele era valorizar a sua própria raça e esse tempo esquecido, entre 1920 e 1940, quando o Peru foi acometido por agressão e desamparo indígenas", diz Teo Allain Chambi, neto do fotógrafo.

Algumas de suas imagens recriam, por exemplo, a técnica do jogo de luzes utilizada por grandes pintores como Rembrandt e Caravaggio.

"Meu avô soube escolher seu material e as placas de vidro (cerca de 30.000) tinham qualidade excepcional e eram tratadas muito profissionalmente", completa Teo.

Suas fotografias revelam situações cotidianas, como casamentos, apresentações musicais, mas também figuras sombrias e tristes, além de autorretratos. A cidade de Cuzco e o vale sagrado de Macchu Pichu também foram clicados.

"Nas mostras anteriores em São Paulo, Salvador, Porto Alegre e Bra­sília, os espectadores ficaram muito satisfeitos ao admirar as obras de Chambi. Estou certo de que o público de Curitiba terá a mesma apreciação ao conhecer a obra fotográfica de um dos artistas peruanos mais universais do século 20", sugere o peruano. (CC)

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