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No fim dos anos 70, todas as garotas queriam ser como Debbie Harry. Com cabelos loiros platinados, corpo de coelhinha da Playboy e voz aveludada, Debbie liderou a banda comercialmente mais bem-sucedida do movimento punk/ new wave surgido na época, o Blondie (batizado exatamente graças à sua figura).

Hoje, com 30 anos de estrada, o grupo continua sendo referência de grande parte das bandas da nova geração – especialmente das que mesclam a disco setentista com rock – e Debbie Harry continua sendo a musa, não só de garotas comuns, mas de estrelas da música pop. Como presente pelo aniversário de suas três décadas, o grupo foi recentemente incluído no museu norte-americano Rock and Roll Hall of Fame. Para os fãs, o presente fica por conta da coletânea Greatest Hits: Sound & Vision (EMI) , que acaba de chegar às prateleiras nacionais.

Em formato duplo, a compilação traz um CD com 19 canções e um DVD com 16 videoclipes dos maiores sucessos do grupo nova-iorquino. Do primeiro álbum, Blondie, lançado em 1976, estão as faixas "Rip Her to Shreds" e um remix eletrônico de "In the Flesh". De Plastic Letters, segundo disco da banda, está "Denis", cover da uma canção do grupo sessentista Randy and the Rainbows, que foi o primeiro sucesso do Blondie. O clássico Paralell Lines (1978) vem representado pelo maior número de canções – "Hanging on the Telephone", "One Way or Another", "Picture This", "Fade Away and Radiate", "Sunday Girl"e o hit absoluto "Heart of Glass". Completando o álbum ainda estão as belas "Dreaming", "Union City Blue" e Atomic" (de Eat to the Beat); a reggueira "The Tide Is High" e o rap "Rapture" (de Autoamerican). Sem dúvida a coletânea faz um panorama competente da obra do Blondie, trazendo ainda sucessos recentes como "Maria" (do disco que marcou a volta da banda, em 1999, No Exit) e a dançante "Good Boys" (do mais recente título de inéditas The Curse of Blondie). Pena a ausência das faixas como "X Offender" e "(I’m Always Touched By Your) Presence Dear", incluídas na edição alemã da compilação, mas excluídas da brasileira.

Já os videoclipes são um capítulo à parte e valem a aquisição da coletânea mesmo para aqueles que já possuem um dos inúmeros best ofs... já lançados pelo grupo. Tratam-se de verdadeiras relíquias da época do surgimento deste tipo de suporte e do que era possível fazer sem grandes orçamentos ou megaproduções. Uns, como "Island of Lost Souls", são de arrancar gargalhadas. Outros como "Hanging on the Telephone" fascinam pela beleza da diva punk Debbie Harry e o talento de sua banda. GGGGG

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