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Um dos grandes showmen do beisebol retorna à atenção pública num documentário que infunde o drama do esporte com as emoções que cercam a revolução de Cuba, seu isolamento e sua gradual reabertura para os Estados Unidos.

O que é ainda mais importante para Luis Tiant é que ele pôde retornar a Cuba, seu país natal, 46 anos depois de ser pego de surpresa, fora do país, pela invasão da Baía dos Porcos (1961), não podendo mais retornar sem abrir mão de sua carreira promissora no beisebol profissional.

"The Lost Son of Havana", que faz sua estreia no Festival de Cinema Tribeca, em Nova York, documenta o retorno de Tiant a Havana em 2007. Ele se reencontrou com seus familiares, amigos e antigos colegas de time, que se alternam entre abraçá-lo e criticar o fato de ele ter optado por buscar a fama, deixando Cuba para trás.

As autoridades americanas e cubana o autorizaram a voltar à ilha e participar de uma partida de beisebol-espetáculo.

Este mês o presidente Barack Obama cancelou algumas das restrições a viagens que impediram Tiant e outros cubanos que vivem nos EUA de visitar sua terra natal.

Aos 68 anos, Tiant ainda ostenta o mesmo bigode grande, agora branco, e fuma charutos gigantes, como em 1975. Sua magnífica e carismática performance na liga daquele ano, como arremessador do time Boston Red Sox, fez dele um dos mais populares jogadores de beisebol da história.

Muitos fãs lembram da série de 1975, em que os Cincinatti Reds derrotaram os Red Sox em sete partidas, como a mais emocionante à qual já assistiram.

"Adoramos atletas, adoramos Luis e adoramos histórias que têm interesse humano, então, quando descobrimos que Luis queria voltar para seu país depois de 46 anos, tudo parecia se combinar", contou Bobby Farrelly, que fez a produção executiva do filme com seu irmão Peter.

Os irmãos Farrelly são conhecidos sobretudo por comédias como "Quem Vai Ficar com Mary?". Com "The Lost Son of Havana", dirigido por Jonathan Hock, estão se aventurando em território novo.

O filme cobre os eventos diplomáticos que dividiram Cuba e os EUA durante a Guerra Fria, obrigando Tiant e outros jogadores de beisebol cubanos a optar entre continuar vivendo em seu país como jogadores amadores ou procurar ser profissionais nas ligas principais dos Estados Unidos.

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