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Repetecos

Confira abaixo as histórias do primeiro fascículo da Antologia Chiclete com Banana, que irá reunir, em 16 volumes, os melhores momentos da publicação, que circulou entre 1985 e 1995.

- "Bob Cuspe É a Salvação"(Outubro de 1985)

- "Los Tres Amigos em: León No Perdona!" (Novembro de 1987)

- "Nem Tudo na Vida É Futebol", com Christiane Tricerri(Abril de 1987)

- "Rê Bordosa em: Diabo no Corpo: A Vida e Obra de uma Porraloca" (Outubro de 1987)

- "Rapunzel da Rue Montreuil", por Edi Campana ( Junho de 1986)

- "Snif...Snif...Cof...Cof..."(Outubro de 1985)

- "Meaioito: o Último dos Barbichinhas" (Dezembro de 1985)

- "Penas", de Laerte (Novembro de 1988)

- "Angeli em Crise" (Junho de 1986)

Servir como um contraponto à nostalgia oitentista, responsável por ressuscitar produtos culturais que bem poderiam permanecer esquecidos sob o peso das décadas que já se passaram. Este é um dos objetivos da recém-lançada Antologia Chiclete com Banana, projeto da editora Devir, que irá lançar, em 16 fascículos, o que de melhor foi publicado nas 24 edições da revista comandada pelo chargista Angeli e editada pelo jornalista Toninho Mendes, entre meados dos anos 80 e 90.

Surgida a partir do ótimo desempenho das coletâneas de histórias dos personagens Bob Cuspe e Rê Bordosa, publicadas, respectivamente em 1983 e 1984 – ambos os especiais ultrapassaram 15 edições e venderam mais de 60 mil exemplares cada –, a revista Chiclete com Banana, além de trazer histórias de criações até hoje idolotradas pelo público leitor de quadrinhos adultos (entre eles, os hippies Wood & Stock, o guru garanhão Rhalah Rikota; a ninfomaníaca Mara Tara; os revolucionários decadentes Meiaoito e Nanico; e os já citados Bob Cuspe e Rê Bordosa), foi responsável por explorar ao máximo as possibilidades da liberdade de expressão advindas da abertura política vivenciada pelo Brasil à época da circulação de seu primeiro exemplar – ou seja, quando entrou em cena a chamada Nova República, pós 21 anos de ditadura.

"O espaço para a crítica de costumes e o humor era ainda muito limitado. A Chiclete foi uma revista que nasceu desta abertura e já chegou apresentando uma forma bastante desprendida e irreverente de fazer humor, tratando de assuntos que, até então, não podiam ser abordados por nenhum veículo de circulação nacional", explica o jornalista e editor Toninho Mendes, que, ao lado de Angeli, selecionou as 800 páginas (das mais de 2.300 produzidas) que pretendem sintetizar o espírito da revista. "Escolhemos histórias que não considerássemos datadas, que ainda pudessem ser lidas e apreciadas com o mesmo entusiasmo", explica o editor sobre os critérios utilizados por ele e Angeli na escolha dos "melhores momentos" da trajetória da revista, que chegou a alcançar a marca de 3 milhões de exemplares vendidos.

Ao todo, a série será dividida em fascículos que preservam o mesmo formato e tipo de papel dos exemplares originais, hoje, verdadeiras relíquias disputadas a tapas (e relevantes somas monetárias) em sites de leilões virtuais. O primeiro número da compilação chega às lojas trazendo nove histórias, entre elas a "propaganda eleitoreira" do punk paulistano Bob Cuspe, que se candidata a prefeito "de todas as cidades e de todos os estados do mundo", usando um slogan tirado de uma das canções de Bob Dylan ("se as pedras não rolarem criam limbro").

O volume também apresenta uma das aventuras do destemidos cavaleiros Los Tres Amigos, personagens criados a seis mãos por Angeli, Laerte e Glauco a partir de uma brincadeira inspirada no filme Os Três Amigos, estrelado pelo comediante Steve Martin. Itens de colecionador, tanto para os saudosos quanto para os novos admiradores dos quadrinhos tupiniquins.

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