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Deve ter sido quase unânime a perplexidade dos telespectadores de Império ao se depararem com a volta de Marjorie Estiano no papel de Cora, no capítulo exibido no último sábado, na Rede Globo.

Pelo espanto geral, parece que ainda ninguém entendeu muita coisa – para não dizer que não entendeu nada.

É supercompreensível o afastamento, por problemas de saúde, da atriz Drica Moraes, que assumiu a personagem na segunda fase do folhetim.

O que realmente não parece muito concebível é a maneira como o autor decidiu lidar com o problema, já que essa não é a primeira vez que incidentes com atores precisam mudar o rumo de tramas em telenovelas.

Aguinaldo Silva e seus diretores deixaram para trás as soluções clássicas de mandar personagens para viagens inesperadas ou para férias (desculpa que, inclusive, já tinha sido usada no início da novela durante o afastamento de Othon Bastos).

Evitaram também opções mais extremas, como a de matar um personagem.

Nem sempre, é claro, essas decisões pareceram a coisa mais lógica do mundo, mas eram digeridas sem grandes comoções.

Mas que foi estranha a volta de Cora encarnada novamente por Marjorie, isso foi.

Não há como questionar: de onde veio e como ela ressurgiu? Para onde vai? Como ela volta até com a voz diferente?

Que fique claro: não se trata de uma crítica à Marjorie.

Ela surpreendeu ao viver os primeiros passos da vilã. Também não é uma indignação pelo ponto fora da curva. Inovar é legal. Ninguém aguenta mais o velho texto de gente má e de seus crimes perfeitos.

Mas quebrar as regras sem muito contexto não deixou a melhor das impressões. Pelo menos de início.

Se será uma medida certeira ou não, ainda é cedo para dizer. Vamos esperar para ver o que acontece nos capítulos desta semana.

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