
Leo Gandelman, de 54 anos, não sabe mais quantos álbuns gravou. Ele deixou de contar quando ultrapassou a marca dos 800 registros sonoros. O saxofonista carioca transita por todo e qualquer gênero. Nesta sexta-feira (17) e sábado (18), o instrumentista apresenta-se em Curitiba, no Full Jazz Bar e Restaurante (veja serviço completo).
Gandelman desembarcou ontem na capital paranaense e, durante a entrevista que concedeu à Gazeta do Povo, confessou não ter ideia do repertório dos dois shows. "Enviei partituras e gravações para os músicos, mas tudo é uma incógnita", diz o saxofonista.
Ele será acompanhado por um quarteto paranaense da mais alta qualidade: Glauco Sölter (baixo), Mario Conde (guitarra), Jeff Sabbag (teclado) e Endrigo Bettega (bateria).
"A música é uma linguagem internacional, que permite a um músico transitar sem limites. Como estarei muito bem acompanhado, tudo pode acontecer nessas duas apresentações", anuncia.
Craque das melodias
Gandelman já gravou com 9 a cada 10 artistas brasileiros. Durante a década de 1980, o nome dele era presença constante nos encartes dos discos de vinil. O solo da canção "Cheia de Charme", de Guilherme Arantes, é dele. O de "Ska", dos Paralamas dos Sucesso", também, da mesma forma que aquele de "Televisão", dos Titãs.
A capacidade de elaborar melodias que grudam, e permanecem, na cabeça do público fez com que Gandelman fosse chamada para produzir álbuns de Gal Costa, Marina Lima, Lulu Santos, entre outros nomes que construíram a História da MPB.
Atualmente, ele transita do jazz ao repertório erudito. Semana que vem, segue rumo à Espanha. Em outubro, estará na Rússia e na Itália. "E, neste fim de semana, aqui em Curitiba, vou mostrar toda a minha versatilidade", diz.




