
Protagonista de “A Regra do Jogo”, o curitibano Alexandre Nero diz que não é capaz de analisar todas as razões que levaram a audiência da novela a ficar abaixo do esperado. Argumenta que o assunto “é muito complexo”.
Escrita por João Emanuel Carneiro, mesmo autor do fenômeno “Avenida Brasil” (2012), a história que chega ao fim nesta sexta-feira (11), na Globo, com 167 capítulos, estreou em setembro rodeada de expectativa. Mas, ao menos nos primeiros meses, não cumpriu a missão de resgatar os índices do horário das 21h após o fiasco de “Babilônia”.
“Eu gostava da novela no início. Os primeiros 50 capítulos foram sensacionais. Depois, achei que a história ficou repetitiva. Mas foi quando a audiência aumentou e a trama começou a agradar ao público” conta o ator.
Até o Comendador eu fui fazendo o que aparecia. Ainda era um cara meio desconhecido, mas tive bons personagens. Agora que pude escolher.
Apesar de ter passado por ajustes para deixar a trama policial mais clara para os telespectadores logo no princípio, o ator afirma que “até onde sabe” não houve nenhuma mudança drástica nos rumos da história. Ao levar em conta o conjunto da novela, diz considerar “A Regra do Jogo” um trabalho bem feito.
“Não foi um fenômeno. E existia mesmo muita expectativa”, reconhece Nero. “Talvez não fosse uma novela para esse momento político complicado de polarização que tem se arrastado desde as últimas eleições”.
Tramas políticas e policiais à parte, “A Regra do Jogo” enfrentou a concorrência de “Os Dez Mandamentos” e chegou a perder para a saga bíblica da Record. Depois de uma média de 25 pontos nos primeiros meses, a novela da Globo fechou fevereiro com média de 32 pontos.



