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Rafael (Marco Pigossi) | Globo/Alex Carvalho
Rafael (Marco Pigossi)| Foto: Globo/Alex Carvalho

Marco Pigossi já viveu os tipos mais diversos na televisão. Este ano, no entanto, ele entrou definitivamente para o time dos galãs da Globo. Primeiro, como o protagonista Bento, de "Sangue Bom", e, agora, ele voltaao ar com outro papel principal, o Rafael, de "Boogie Oogie".

O ator garante que, apesar de terem a função de contar a história central da trama, os dois têm perfis completamente diferentes. Enquanto Bento apresentava um emocional bem trabalhado e uma sensibilidade aflorada -"era uma alma quase feminina", confessa Pigossi - Rafael é um cara mais prático.

O que os une, além do ator que os interpreta, é o sucesso com a mulherada. Mesmo assim, Pigossi rejeita completamente o rótulo de galã. "Vivi os mais diversos personagens e sou muito grato por isso. E alguns deles fizeram tanto ou até mais sucesso do que o Bento. Não me considero um galã. Nesta novela, o Rafael se encaixa neste rótulo, mas é só mais um rótulo".

Leia a entrevista completa.O que podemos esperar da relação do seu personagem com o de Isis Valverde?

MARCO PIGOSSI - Na verdade, a relação do Rafael com a Sandra é bem complexa, não é só uma paixão. Ele tem uma culpa, uma responsabilidade, afinal, o noivo dela morreu para salvar a vida dele. Ele se sente responsável por essa mulher. É uma mistura de muita coisa.Em que você se parece com o seu personagem?

MARCO - A gente tende a aproximar um pouco, para entender. Eu tenho uma moto e ele tem um avião. Eu acho que é mais ou menos a mesma coisa, é uma expressão de liberdade, necessidade de adrenalina. Ele tem isso, atéacontecer o acidente e transformar a vida dele.

Como você construiu O Rafael? Que referências ou pesquisas fez?

MARCO - Fiz uma pesquisa do contexto histórico, político e cultural. Li muita coisa na internet. Ele perdeuos pais no incêndio do Edifício Joelma (que de fato aconteceu, em 1974, em São Paulo), o que foi muito traumático. Na época, foi horrível. Tem muito material desse período que ajuda a entender as roupas, o comportamento. É uma explosão de vida, de expressão...

Qual foi o seu maior desafio na composição do personagem?

MARCO - Acho que o maior desafio é que o Bento (de "Sangue Bom") e o Rafael são pessoas completamente diferentes, mas eles têm a mesma função, que é contar aquela história. Então, o meu ponto de partida para distanciar ao máximo os dois personagens foi através do emocional deles. O Bento era um cara que tinha um emocional muito trabalhado. Ele tinha uma alma muito sensível, era muito romântico, tinha uma alma quase feminina.

O Rafael é um cara mais prático, que não sabe lidar com as emoções. Eu parto desse ponto para que os caminhos desses dois não se cruzem.

Ele é um piloto de avião. Como você entrou neste papel?

MARCO - Isso também me dá muito material para trabalhar. Eu convivi com alguns pilotos e eles têm outra maneira de ver a vida, do alto. Isso traz uma coisa legal, um outro olhar.

As aulas que teve te dão coragem de voar sozinho?

MARCO - Com certeza. Eu voei muito, mas com o copiloto. Foi a primeira vez que eu voei em um avião pequeno,não comercial. Mas foi bom para aprender como segurar o manche, essas coisas.

Você considera o Bento como um divisor de águas na sua carreira?

MARCO - Foi o meu primeiro protagonista e, por isso, não vou esquecer nunca. Se bem que acho que nunca vou esquecer nenhum dos meus trabalhos. Eu coloco ele por isso. Outros papéis tinham a função de contar a história de outros personagens. Esse conta a trama inteira.

Com essa rotina pesada de gravações, como você faz para relaxar?

MARCO - Moto. É a sensação de liberdade. Eu fui para Ushuaia, na Argentina. Chegar é chato, o legal é o caminho. O interessante da moto é que, quando você está em cima dela, não pensa em nada, só no que está vindo à sua frente. Então, é como se você limpasse a sua cabeça. Esse é o meu momento de lazer.

Com mais este protagonista, você entra definitivamente para o time de galãs da Globo. Como se sente?

MARCO - Eu não sinto isso. É um rótulo meramente prático, que criaram. Eu já fiz outros personagens que fizeram tanto sucesso ou mais. O próprio Cássio (de "Caras e Bocas") não é um galã. Nessa novela, o Rafael se encaixa nesse título, mas não é meu objetivo. Meu objetivo é fazer de tudo um pouco.

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