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Steve Carell e Morgan Freeman em cena de “A Volta do Todo Poderoso”. | Divulgação
Steve Carell e Morgan Freeman em cena de “A Volta do Todo Poderoso”.| Foto: Divulgação

Morgan Freeman pode ter representado Deus em filmes de Hollywood, mas chegou a Jerusalém com perguntas ainda não resolvidas sobre religião.

“Estou principalmente interessado no porquê, em qual é o porquê disso”, disse nesta quarta-feira (28) à Reuters o ator premiado com o Oscar, durante uma pausa na filmagem de “A História de Deus”, um documentário da National Geographic e da Highlight Films sobre fé e teologia.

“Não encontrei nenhuma resposta ainda. Ainda estamos na produção”, disse ele na Igreja do Santo Sepulcro, do século 4, o local do sepultamento de Jesus Cristo, de acordo com a tradição cristã, e onde muitos peregrinos pareciam também deslumbrados com a surpresa da visita do astro do cinema.

Freeman, que interpretou Deus em “Todo Poderoso” e “A Volta do Todo Poderoso” e também é famoso por suas narrações comoventes de filmes, é a estrela e o produtor executivo do documentário, que deve ser lançado em abril. As locações incluem Israel, os territórios palestinos, Egito, Guatemala, Turquia e Índia.

O ator, de 78 anos, percorreu tranquilo as cavernas bíblicas de Qumran, na Cisjordânia. Nos becos de paralelepípedos da murada Cidade Velha de Jerusalém, o chapéu panamá, óculos escuros e um grupo de guarda-costas pouco fizeram para mantê-lo longe de moradores e turistas tirando selfies.

A emoção ofereceu algum alívio para a luta religiosa que despontou na cidade este mês em meio a protestos de palestinos contra a intensificação das visitas de israelenses ao complexo da mesquita de Al-Aqsa, um local também reverenciado pelos judeus como área de seus templos antigos.

Freeman se recusou a comentar sobre o conflito – uma alternativa, talvez, depois de um vídeo que fez com outras figuras de Hollywood em apoio ao acordo nuclear entre o Irã e potências mundiais, firmado em julho, e que Israel condenou como insuficientemente rigoroso.

“Não tenho uma mensagem para nenhum lado. Não, nós apenas estamos aqui fazendo um documentário”, disse.

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