Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
perfil

O que se passa na cabeça da garota do tempo

Maria Júlia  é filha de professores e nasceu na zona leste de SP. | Divulgação
Maria Júlia é filha de professores e nasceu na zona leste de SP. (Foto: Divulgação)

Estar no ar, entrando na casa das pessoas diariamente, seja o horário que for, é uma grande responsabilidade.” É assim que a jornalista Maria Júlia Coutinho, 37 anos, encara o desafio de ser garota do tempo do Jornal Nacional (Globo).

Ela chamou a atenção do telespectador por apresentar as informações meteorológicos de maneira descontraída, falando de São Paulo com William Bonner e Renata Vasconcellos por meio de um telão. “Estou adorando fazer um trabalho em que acredito. É como se fosse uma conversa repleta de informação relevante, um bate-papo”, diz Maria, que, durante um ano, publicou posts sobre previsão do tempo em seu perfil nas redes sociais para criar seu estilo.

“O contato com o público pela internet me ajudou a testar maneiras diferentes de falar sobre o tempo, usando uma linguagem mais descontraída. Hoje, uso na televisão muitas das expressões que foram aprovadas pelo público antes, na internet.”

O contato com o público pela internet me ajudou a testar maneiras diferentes de falar sobre o tempo, usando uma linguagem mais

descontraída.

Maria Júlia Coutinho, garota do tempo do Jornal Nacional.

Nascida na zona leste de São Paulo, Maria é filha de educadores e conta que cresceu rodeada de livros e jornais. “Lembro-me dos meus pais discutindo notícias em casa. Acho que fui influenciada por esse ambiente. Na infância, apresentava a maioria dos meus trabalhos escolares em forma de telejornais, jornais impressos, livrinhos”, conta.

Maju, como é chamada pelos colegas de trabalho, estudou jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e aproveitou os laboratórios de jornal, de revista, de rádio e de tevê para ganhar experiência. “Mas, quando peguei o microfone para fazer minha primeira reportagem, pensei: ‘Senhor, é isso que quero para o resto da vida’“, comenta a jornalista.

Estagiária na TV Cultura, Maria passou por quase todos os setores do jornalismo até chegar à bancada do telejornal da emissora, ao lado de Heródoto Barbeiro. Em 2007, ela começou a trabalhar na Globo como repórter dos telejornais de São Paulo. “Sabe qual foi a primeira reportagem? Sobre tempo seco! A reportagem de rua me deu traquejo, rapidez. Na rua, a gente tem contato com o povo, a realidade pulsa, você aprende muito com o tanto de histórias que ouve”, lembra.

Foi na volta das férias em 2013 que Maria ficou sabendo que seria testada para ser garota do tempo. Aprovada, ela passou a aparecer nos telejornais da emissora e se tornou apresentadora das previsões no “Hora Um da Notícia”, telejornal exibido nas madrugadas da Globo.

“Nesse horário, era preciso dar o tom ideal para quem tinha acabado de se levantar da cama”, comenta. “No JN, as pessoas já estão em casa. Dá para explorar mais a explicação dos fenômenos”, completa. Adepta de ioga e meditação, Maria declara seu amor por São Paulo. “Ia com meu pai ao centro velho. Fico feliz quando vejo vida pulsando aqui. Vejo beleza neste caos.”

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.