"Não gosto de nada. Não gostei de nenhum dos meus DVDs. Mas desse eu gosto, porque há uma intervenção artística de quem o fez", disse com firmeza Ney Matogrosso, de sua casa no Rio de Janeiro, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo. O exigente intérprete volta a Curitiba para o show de lançamento do DVD Beijo Bandido, gravado no Theatro Municipal da capital fluminense em 2010. A apresentação acontece no Teatro Guaíra, às 21 horas de hoje, e não traz muitas diferenças em relação ao show que dá nome ao seu último disco, que também aconteceu no Guaíra, ano passado.
Será a mesma banda, técnica e concisa na medida certa Leandro Braga (piano), Alexandre Casado (violino), Lui Coimbra (violoncelo) e Felipe Rosseno (percussão) e o mesmo repertório, escolhido a dedo.
No disco, Ney regravou com maestria tanto músicas que já podem ser consideradas patrimônio do cancioneiro popular, como "Fascinação" e "Tango para Teresa", como deu nova cara a composições com os dois pés no pop, como"Nada por Mim", balada de Herbert Vianna e Paula Toller. Ainda haverá "De Cigarro em Cigarro" e "Bicho de Sete Cabeças", que ganha uma interpretação ainda mais visceral na voz única do intérprete.
Mas, se na descrição, o show é quase o mesmo, no palco as coisas devem mudar um pouco. "Eu assisti ao DVD e conversamos bastante durante a edição do material. E assistindo, entendi que tinha uma margem de performance que eu não estava ocupando e agora ocupo. Não é nada exagerado, mas acho que é perceptível", conta Ney.
Tirar um tempo para si, depois da turnê, também está nos planos. Ney disse que deverá desfrutar de "meio ano sabático" antes de arregaçar as mangas e trabalhar em um outro projeto. Outros shows de lançamento do DVD acontecem pelo Brasil até outubro.
Os próximos passos para o artista depois das "férias", entretanto, já estão desenhados. O cantor gosta de estabelecer contatos com novos compositores, ou com criadores não tão conhecidos. E, para seu possível próximo disco, revelou à reportagem, deverá interpretar músicas do gaúcho Vitor Ramil, entre outros. "Estou ouvindo alguns compositores e a ideia é cantá-los, duas músicas de cada, talvez. O foco será nisso. E todo intérprete tem de se renovar", diz o artista, de 69 anos.
Serviço:
Teatro Guaíra (Pça. Santos Andrade, s/nº), (41) 3304-7900. Dia 16, às 21h. R$160 (plateia), R$110 (1º balcão) e R$70 (2º balcão). Há meia entrada. Desconto de 30% para portadores do Cartão Teatro Guaíra e/ou Clube do Assinante Gazeta do Povo na compra de até dois ingressos por titular.
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