• Carregando...
“A gente consegue fazer o show ter uma pegada nova, um frescor de uma banda começando, mas com toda a nossa experiência e história no palco.” - Branco Mello, integrante dos Titãs | Marcelo Tinoco / Divulgação
“A gente consegue fazer o show ter uma pegada nova, um frescor de uma banda começando, mas com toda a nossa experiência e história no palco.” - Branco Mello, integrante dos Titãs| Foto: Marcelo Tinoco / Divulgação

Show

Titãs – Cabeça Dinossauro

Curitiba Master Hall (R. Itajubá, 143), (41) 3248-1001. Dia 21 às 0h30 (abertura da casa: 21h30). Os ingressos custam R$ 85 e R$ 45 (meia-entrada válida para estudantes, pessoas acima de 60 anos, professores, doadores de sangue e portadores de necessidades especiais) e podem ser comprados nos quisques do Disk Ingressos dos shoppings Palladium, Mueller e Estação, pelo telefone (41) 3315-0808 e no site www.diskingressos.com.br.

Valor sujeito a alterações sem aviso prévio. Classificação indicativa: 16 anos.

  • A arte do LP foi baseada em desenhos de Leonardo da Vinci

Há 30 anos a banda paulistana Titãs apresentava seu primeiro show. O disco de estreia, homônimo, viria dois anos depois. Mas não foi Titãs, lançado em 1984, o que marcou o início das comemorações que o grupo preparou para 2012 – apesar de o LP ter emplacado sucessos como "Sonífera Ilha", "Marvin" e "Go Back". É o cultuado Cabeça Dinossauro, de 1986, que abre o calendário especial do agora quarteto como o trabalho mais importante destas três décadas de carreira, e que será apresentado na íntegra neste sábado, à 0h30, no Curitiba Master Hall (veja o serviço completo do show no Guia Gazeta do Povo).

O álbum foi reeditado em 2012 e chega às lojas remasterizado e com uma música inédita, "Vai pra Rua" – que deu lugar a "Porrada" no repertório definitivo –, além de um CD com as demos gravadas pela banda antes das versões finais, lapidadas em parceria com Liminha, que assina a produção do LP.

Linguagem titânica

"A gente tinha essa tristeza de não conseguir imprimir uma marca mais forte do som que a gente tinha ao vivo. A partir do Cabeça Dinossauro, conseguimos realizar isso em estúdio com o Liminha", diz Branco Mello, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo. De acordo com o músico, a banda ainda teve os hits "Insensível" e "Televisão", do segundo disco homônimo, de 1985, mas foi só no terceiro álbum que a sonoridade de uma banda "com um conceito" veio à tona no cenário de grupos como RPM, Legião Urbana e Paralamas do Sucesso, que colocavam o rock brasileiro em evidência.

"Ele serviu muito para abrirmos com elegância as comemorações dos 30 anos, porque é um disco emblemático, o disco que fez a virada na nossa carreira, em que chegamos a uma linguagem ‘titânica’, e ficamos conhecidos no Brasil inteiro com uma sonoridade muito particular."

A identidade consolidada pelo disco trouxe o peso dos shows com um rock agressivo, com a fusão das múltiplas referências do então octeto (além dos atuais Mello, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto, integravam a banda Arnaldo Antunes, Nando Reis, Charles Gavin e Marcelo Fromer, morto em 2001). Funk, ska, reggae, new wave e elementos eletrônicos davam corpo a letras subversivas, que combatiam a polícia, a igreja, o Estado, a religião e a família.

"Tinha uma situação difícil na época, que foi a prisão do Tony e do Arnaldo [por porte e tráfico de heroína], e gerou um momento complicado para a banda, que ainda estava começando a carreira, e já teve um problema grave com a justiça e a polícia", conta Mello. "[O disco] fez parte de todo esse contexto que a gente viveu. Uma soma de fatores que acabou o levando a ser esse grande estouro."

De volta ao palco

Apesar da relevância que tudo isso conferiu ao Cabeça Dinossauro, Mello diz que o grande sucesso da série de shows do disco que os Titãs vêm apresentando em diferentes cidades surpreende. Os músicos observam uma renovação de público nas apresentações – um sinal de que a sonoridade não envelheceu, graças a uma certa crueza dos arranjos, e da combatividade ainda pertinente de seus temas.

Entretanto, Mello acredita que o vigor atual do show também é resultado da participação do novo baterista, Mário Fabre, que toca ao lado dos quatro remanescentes da formação original (esta deve se reunir ainda este ano, com a participação de Nando Reis ainda a confirmar, mas com outro repertório). "A gente consegue fazer o show ter uma pegada nova, um frescor de uma banda começando, mas com toda a nossa experiência e história no palco", diz Mello. "É uma banda renovada."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]