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Shows

Um gol do Capital Inicial em campeonato planetário

Com 27 anos de carreira, o Capital Inicial saiu aplaudido de sua terceira participação no Rock in Rio e mostrou que continua agradando ao grande público

Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial: apesar da longa carreira e experiência, o grupo tremeu com a responsabilidade da apresentação no Rock in Rio | Maurício Santana/Divulgação
Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial: apesar da longa carreira e experiência, o grupo tremeu com a responsabilidade da apresentação no Rock in Rio (Foto: Maurício Santana/Divulgação)
Anthony Kiedis, vocalista da banda Red Hot Chili Peppers |

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Anthony Kiedis, vocalista da banda Red Hot Chili Peppers

Um dia depois, o vocalista Dinho Ouro Preto ainda parecia impressionado com o que viu do palco principal do Rock in Rio na noite do último sábado. Em sua terceira participação no festival, a banda Capital Inicial fez um dos shows com melhor resposta do público na noite em que já tinham se apresentado NX Zero e Stone Sour, e que ainda teria Snow Patrol e Red Hot Chili Peppers – a apresentação mais esperada do dia e uma das mais relevantes em todos os dias do evento.

Há 27 anos na estrada, o grupo de Brasília tinha no repertório os hits radiofônicos que apresenta regularmente, e enfrentava uma incerteza comum entre as atrações brasileiras do Rock in Rio: qual seria a reação da plateia às bandas nacionais. "A gente ensaiou, passou o som, tocou o show com antecedência umas três ou quatro vezes. Mas, na realidade, quando você pisa ali, a impressão que dá é que tudo foi em vão. Você fica com os nervos à flor da pele, muito assustado", disse Ouro Preto à Gazeta do Povo.

Acostumado a shows de grandes dimensões – incluindo a apresentação de 2001, no próprio Rock in Rio, para o público de 250 mil pessoas que aguardavam o próprio Red Hot Chili Peppers –, o vocalista diz que, no festival, os músicos se sentem "vistos através de uma lupa", representada tanto pela atenção de toda a mídia brasileira quando pela visibilidade internacional.

"É uma coisa que tem uma escala maior do que qualquer outro evento, com certeza, no Brasil e, possivelmente, do que outros grandes eventos musicais da Terra. E quando pisa naquele palco, você se dá conta dessa responsabilidade. E dá uma tremidinha, que só vai passar lá pela quarta ou quinta música, quando você se acalma. Só ali a poeira assenta e você começa a ver que está sendo bem recebido", diz.

Show

O Capital Inicial abriu o show com "Como se Sente" e seguiu com sucessos como "Independência", "Natasha" e "Primeiros Erros". "Lá pela segunda ou terceira música, percebi que milhares de pessoas estavam ali para nos verem. Vi muitas bandeiras de Brasília, e muitas bandeiras de fãs de Capital", diz Ouro Preto. A banda fez um cover de "Should I Stay or Should I Go", da britânica The Clash, antes de entrar em um bloco do rock de Brasília da década de 80, com as músicas "Que País é Este", "Fátima" e "Veraneio Vascaína", que levantaram o público. Com a plateia ainda aquecida, finalizou com "À Sua Maneira", deixando uma batata quente para o pop rock melancólico do Snow Patrol.

"Para nós, pelo fato de termos conseguido nos sair bem, pela terceira vez, é um gol muito grande que a gente marcou, uma vitória. Somos uma banda veterana, temos 27 anos. Uma banda brasileira conseguir, a essa altura do campeonato, ter uma carreira tão longa e ainda sair de lá aplaudido, é uma vitoria, e espero que isso seja inspirador para outras bandas", diz o vocalista. "Estamos todos rindo à toa."

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O repórter viajou a convite do Itaú, um dos patrocinadores do evento.

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