• Carregando...
Gabriel Braga Nunes (esq.) e Marcelo Médici gravam cenas de O Canto da Sereia em Salvador: estreia em janeiro | Estevam Avellar / TV Globo
Gabriel Braga Nunes (esq.) e Marcelo Médici gravam cenas de O Canto da Sereia em Salvador: estreia em janeiro| Foto: Estevam Avellar / TV Globo

As roupas escolhidas por Gabriel Braga Nunes e Marcelo Médici num dia de folga das gravações da microssérie O Canto da Sereia, em Salvador, ilustram o tipo de ligação dos atores paulistanos com a capital baiana. Enquanto Gabriel veste camisa de tecido fininho, aberta no peito, com short e chinelos – e guias protetoras vendidas em feiras de artesanato local penduradas no pescoço –, Marcelo usa calça comprida e camisa polo escuras.

"Eu só tinha vindo para Salvador me apresentar com o teatro e, mesmo assim, fiquei três dias. Agora estou conhecendo de verdade", assume Marcelo.

Os dois passaram quase um mês em Salvador gravando a microssérie de quatro capítulos da TV Globo. Com estreia prevista para janeiro, a produção é baseada no livro homônimo de Nelson Motta e escrita por George Moura, Patrícia Andrade e Sérgio Goldenberg.

Filho do diretor de teatro Celso Nunes, morador de Salvador há três anos, Gabriel aparenta ser quase um local. Vibra ao contar ter gravado no topo do Edifício Oceania, conhecido prédio da orla da cidade, em frente ao Farol da Barra.

O ator se apropria dos versos de Dorival Caymmi – "A Bahia tem um jeito", da canção "Você Já Foi à Bahia?" – para descrever sua ligação com Salvador, uma cidade que, segundo ele, "oferece um contraste fabuloso". Assim como seu personagem na microssérie, o produtor musical Paulinho de Jesus, Gabriel é um cara vindo de fora, mas já acostumado ao universo da Salvador contemporânea.

Na microssérie dirigida por José Luiz Villamarim, que emendou o trabalho atual com Avenida Brasil, o personagem de Gabriel é o grande descobridor da cantora de axé Sereia (Isis Valverde).

Na trama, Paulinho conta com a ajuda do marqueteiro Tuta Tavares (papel de Marcelo), que também trabalha com o governador (Marcos Caruso), na construção da carreira dessa nova diva pop.

"O Paulinho é o cara que tem a ideia de transformar aquela cantora de barzinho em um ícone pop. Neste processo, os dois vivem uma tórrida história de amor", adianta Gabriel, usando três brincos de argola na orelha esquerda (o acessório foi emprestado pelo próprio ator ao personagem).

O envolvimento amoroso entre o produtor musical e a cantora termina pouco antes do assassinato da jovem, que morre no auge, em cima do trio elétrico, numa terça-feira de carnaval. Num primeiro momento, Paulinho se torna o grande suspeito. Mas todos os personagens tem razões para assassinar Sereia. E Tuta Tavares faz parte da lista.

"Eu havia lido o livro do Nelson na época do lançamento, mas reli agora. Eu não conhecia o universo dos cantores de axé nem o que move essa indústria", assume Marcelo.

Longe da tevê desde a novela Passione (TV Globo, 2010), Marcelo está atualmente em cartaz com a peça Eu Era Tudo pra Ela e Ela Me Deixou. "Tenho feito muito teatro, mas cresci vendo tevê. Eu sempre quis ser ator para fazer isso", afirma Marcelo.

Gabriel se mostra surpreso ao saber que o colega se interessou pela profissão em função da tevê. Filho da atriz Regina Braga, ele também diz não ter preconceitos em relação ao veículo – e se mostra entusiasmado ao falar do formato de O Canto da Sereia, rodado numa levada parecida com a do cinema:

"É uma outra pegada. São três meses de trabalho para fazer apenas quatro episódios".

Para os atores, os personagens da microssérie, um suspense com forte tintas policiais, são todos multifacetados. Ninguém é mocinho ou vilão.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]