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Dado Villa-Lobos, Charles Gavin, Dé Palmeira e Toni Platão: rotina de banda | Leo Aversa/Divulgação
Dado Villa-Lobos, Charles Gavin, Dé Palmeira e Toni Platão: rotina de banda| Foto: Leo Aversa/Divulgação

Show

Banda Panamericana

Teatro Positivo – Grande Auditório (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3283. Dia 3, às 21 horas. R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada).

  • Luis Alberto Spinetta - Argentina - Um dos principais artistas da música pop Argentina. Nas palavras de Charles Gavin,
  • Charly García - Argentina - Se Spinetta é o Caetano Veloso da música pop argentina, Charly García é Gilberto Gil, de acordo com Gavin. O músico argentino começou a carreira nos anos 1960 e é um dos mais influentes do rock da América Latina, tendo liderado diversas bandas nos anos 1970 e 1980. Música:
  • No Te Va Gustar - Uruguai - Surgida nos anos 1990, a banda continua em atividade e é uma das mais populares do Uruguai. Lançou sete discos a partir de 1998. Faz rock com influências de reggae e ska, contando com uma formação que inclui sopros e percussão. Mais informações no site oficial (notevagustar.com). Música:
  • La Vela Puerca - Uruguai - Também formado nos anos 1990 e com bases no reggae e no ska, o grupo de Montevidéu é uma das principais bandas de pop rock do Uruguai desde o lançamento do primeiro disco, em 1998. Tem hits conhecidos em todo o Cone Sul. Confira o site oficial (velapuerca.com). Música:

Guitarra do Legião Urbana, bateria dos Titãs, baixo do Barão Vermelho, voz do Hojerizah. Nas palavras do baixista Dé Palmeira, é como uma criança com traços do pai e da mãe. "Não tenho filhos, mas deve ser assim", brinca o músico, tentando definir o som da superbanda Panamericana, que faz sua estreia nacional no Festival de Teatro nesta quarta-feira, às 21 horas, no Teatro Positivo.

O repertório também combina o emblemático e o inédito: Dado Villa-Lobos, Charles Gavin, Dé e Toni Platão trabalham sobre canções de ícones do rock latino-americano, que, embora transcendam fronteiras dos países de língua espanhola no Cone Sul, são desconhecidas no Brasil.

"Para o público brasileiro, é um show de inéditas", explica Charles Gavin, para quem o único lugar do país em que latinos do pop rock conseguem alguma ressonância é Porto Alegre, pela proximidade. De resto, impera a dificuldade brasileira para ouvir música cantada em espanhol.

"É triste, mas não tomamos conhecimento e não entramos em contato com o que é feito nesses lugares", diz o baterista, que conhece a fundo o rock argentino. "O que perdemos é que o pop daqui não dialoga com o pop de lá."

Isso explicaria por que o argentino Luis Alberto Spinetta morreu no ano passado e pouca gente ouviu seu nome no país vizinho – ainda que, para Gavin, o artista seja equivalente no pop argentino a Caetano Veloso no Brasil (Charly García seria Gilberto Gil).

O contrário, no entanto, acontece, conforme explicam os músicos. Gavin fez vários shows com os Titãs na Argentina. Os Paralamas do Sucesso e Skank fizeram sucesso na América Latina. E o próprio Legião Urbana teve suas experiências.

"Em 1986, tocamos no primeiro Montevideo Rock Festival com os Paralamas e bandas argentinas, chilenas e uruguaias", lembra Dado Villa-Lobos. "Existia alguma ligação. Eles estavam e estão no mesmo nível, falando coisas parecidas."

Toni Platão também minimiza as diferenças. "O próprio rock brasileiro cantado em português foi difícil. Isso era assunto recorrente nos anos 1980", lembra. "É uma situação de mercado. Tudo se habitua. A gente espera ajudar um pouco nisso."

Platão foi o articulador a ideia, que surgiu em conversas com o Canal Brasil, no início de 2012. O supergrupo se uniria para a gravação de um DVD ao vivo em Manaus em julho daquele ano. O show caiu, mas a banda continuou, embalada pelos ensaios e pela gravação de um disco que tinha se desdobrado deles. "Estávamos em outra esfera de existência", conta o vocalista. O disco, produzido por Chico Neves, deve sair entre setembro e outubro.

Os quatro membros falam em uma banda nova em folha, com rotina típica e sonoridade própria. "Acho que o público vai gostar de ouvir, porque as músicas têm esse sabor do que você já conhece, mas com uma personalidade diferente", arrisca Dé. "Mas o palco é que é a hora da verdade."

RepertórioConfira alguns dos artistas latinos e suas respectivas canções que marcam presença no show da banda Panamericana:

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