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Ela passou a integrar o trio Black Eyed Peas há apenas três anos e já é a grande estrela do grupo. Coincidência ou não, desde que se uniu a Stacy Ann Ferguson, mais conhecida como Fergie, o grupo de Will.i.am, Apl.de.Ap e Taboo emplacou dois álbuns – Elephunk e Monkey Business – nas paradas de sucesso ao redor do mundo. E não é para menos. Quem esteve na Pedreira Paulo Leminski na última sexta-feira pode comprovar de perto o poder atrativo devastador de Fergie, que atraiu todas as atenções para si durante a passagem do Black Eyed Peas pela capital paranaense.

Poucos sabem, mas a californiana de 31 anos, tem mais de duas décadas de show business. Fergie começou sua carreira artística como atriz-mirim, no programa infantil norte-americano Kids Incorporated, do canal Nickelodeon. Quando adolescente, formou, ao lado de duas colegas de tevê, o trio de dance teen Wild Orchid, que, à época (leia-se meados dos anos 80) também atuava como backing vocal da cantora Martika (aquela do hit oitentista "Toy Soldier", que integra a trilha de Os Garotos Perdidos, clássico da Sessão da Tarde).

Após se desentender com as integrantes do Wild Orchid, Fergie entrou em depressão e chegou a se tornar viciada nas drogas sintéticas ecstasy e metanfetamina. A má fase culminou com um longo período de reabilitação, após o qual gravou cinco canções com o Black Eyed Peas e foi convidada a integrar definitivamente a formação.

Depois de conquistar os fãs do grupo, a cantora aposta agora em uma carreira-solo, iniciada com o recém-lançado The Dutchess, álbum produzido pelo colega de banda Will.i.am. Capitaneado pelo hit "London Bridge", o disco de estréia da cantora está há sete semanas na parada norte-americana da Billboard, disputando os três primeiros lugares do ranking com nomes como Justin Timberlake e o rapper Akon. Letras safadas

O primeiro single de trabalho já adianta as direções que nortearam The Dutchess – uma compilação de tendências recentes da música pop cantada por mulheres. "London Bridge" nada mais é que uma mistura de "Hollaback Girl", de Gwen Stefani com "Galang", da anglo-cingalesa M.I.A.

O que diferencia Fergie de suas referências são as letras safadas – ela foi recentemente apelidada pela revista Rolling Stone como a "rainha das metáforas vaginais", graças à comparação da ponte elevadiça da capital inglesa com o que ela possui entre pernas ("Como é que toda a vez que você aparece/Minha ponte de Londres quer descer", diz o refrão). O conteúdo picante também dá o tom de "Fergalicious", canção com participação de Will.i.am, em que Fergie canta seus dotes sedutores e ainda aproveita para alfinetar a colega Nelly Furtado dizendo que apesar de ser "fergalicious" (algo como Fergie deliciosa), não é "nenhuma promíscua" (contrariando dos versos do hit "Promiscuous", do mais recente álbum de Nelly).

Com uma produção caprichada, The Dutchess tem momentos brilhantes como a romântica "Clumsy", cujo refrão conta com samples de Little Richard, assim como "Here I Come", que sampleia a clássica "Get Ready", dos Temptations. Há ainda espaço para boas baladas r&b – "All That I Got" e "Glamourous" –, que remetem ao álbum The Emancipation of Mimi, the Mariah Carey.

Já a dançante "Voodoo Doll", mescla hip-hop e ska à la Lily Allen (jovem revelação inglesa), enquanto que o reggae "Mary Jane Shoes" só não é um plágio de "No Woman No Cry", de Bob Marley por contar com a participação de sua viúva, Rita. Se Fergie ainda não encontrou um estilo vocal próprio, pelo menos os parceiros certos já estão a seu lado. Resta aguardar as cenas do próximo capítulo. GGG1/2

Vendagens

142 mil cópias de The Dutchess, álbum de estréia de Fergie, foram vendidas nos EUA na primeira semana após seu lançamento. Desde então, o disco já ganhou o Disco de Ouro, equivalente a 500 mil cópias que saíram das prateleiras.

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