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Visão geral do rico universo de Sua Incelença, Ricardo III, de Gabriel Villela | Daniel Isolani / Divulgação
Visão geral do rico universo de Sua Incelença, Ricardo III, de Gabriel Villela| Foto: Daniel Isolani / Divulgação

GUIA GAZETA DO POVO

O Guia Gazeta do Povo selecionou programas imperdíveis para você fazer na cidade logo após ver uma peça durante o Festival de Curitiba. Que tal esticar a noite com um jantar romântico, uma balada ou um barzinho para tomar aquela cerveja gelada com os amigos?! Assista ao vídeo e veja as dicas

O Festival de Curitiba começou com fogos, projeções 3D na fachada do Museu Oscar Niemeyer, classe artística local e nacional junto com políticos e patrocinadores. Tudo conforme manda a cartilha de aberturas de eventos deste porte. Discursos, coquetéis e a exibição de Sua Incelença, Ricardo III (confira o serviço completo do espetáculo), do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte.

O dono do universo paralelo shakespeareano retratado perambulava pelo picadeiro momentos antes do espetáculo. Verificava os últimos detalhes para a estreia nacional. Era Gabriel Villela, diretor do grupo Galpão, que acabou assistindo o espetáculo pendurado em uma árvore atrás da plateia lotada.

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Assim como boa parte dos atores em cena, o sertão foi travestido de diferentes formas e gêneros. Elementos nordestinos, medievais e modernos criam um novo reino de fantasia para receber a história do troncho rei Ricardo, e sua sanguenta trajetória até o trono.

A música vem grudada nas atuações. Tem Supertramp, forró tradicional e até o Freddie Mercury dá uma passadinha por lá. Um ato inteiro de assassinatos em série embalados por uma opereta tocada por repentistas. Sem perceber, as pessoas repetem e cantam as incelenças – cânticos típicos do Nordeste. Trabalho musical dirigido por Ernani Maletta, Babaya e Marco França. Aliás, França não cuida somente da voz e das trilhas. Ele empresta todo o corpo à interpretação de Ricardo III. Um vilão que confunde com um charme distorcido, assombrado pela visita de suas vítimas durante pesadelos povoados por "bonecões de posto".

A versatilidade do teatro de rua está ali, junto com a onipresença da direção de Villela. Os personagens são fortes, independentes e encantadores. É uma comédia trágica no verdadeiro sentido da palavra. Prende sua atenção.

E, no meio do público selecionado, com seus (nem tão) alinhados trajes esporte fino, brilhava um sorriso sincero. O deslumbramento infantil transparecia nos olhos de um senhor que acaba de completar 74 anos. Gigante da dramaturgia brasileira, o ator Paulo José se entregava à magia e à linguagem lúdica do grupo Clowns de Shakespeare. Foi bonito de ver e viver.

Sua Incelença, Ricardo III (confira o serviço completo do espetáculo). Última apresentação dia 30/03 no Bebedouro do Largo da Ordem, às 19h.

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