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A popstar Katy Perry, que já foi artista gospel, vendeu quase 200 mil cópias de seu novo CD na semana de lançamento nos EUA | Divlgação
A popstar Katy Perry, que já foi artista gospel, vendeu quase 200 mil cópias de seu novo CD na semana de lançamento nos EUA| Foto: Divlgação

Deve ser díficil ser cantora pop e pertencer à mesma geração de Lady Gaga. Ainda mais se, de quebra, quiser apostar em uma certa extravagância para chamar a atenção do público. Katy Perry consegue. E sem parecer uma imitação genérica da exótica criadora de "Poker Face" e "Bad Romance"

Depois do sucesso internacional de One of the Boys, responsável por hits como a safada "I Kissed a Girl" e a romântica "Thinking of You", Katy está de volta com Teenage Dream , segundo CD pop e o terceiro registro fonográfico da artista, que já havia lançado um disco de música gospel antes de se render a sons, digamos, mais profanos.

O novo trabalho já é um sucesso. Lançado semana passada nos EUA, vendeu quase 200 mil cópias, o que lhe garantiu o topo da parada Billboard, posição que o single "California Gurls" havia alcançado por várias semanas em maio passado. Ao todo, foram vendidos 3 milhões de downloads da música. O mesmo destino parece estar reservado à faixa-título "Teenage Dream", que chegou às rádios no fim de julho e rendeu a Katy um recorde de execuções da canção em 87 rádios norte-americanas apenas alguns dias após seu lançamento.

Pop até a medula, o álbum novo cumpre sua missão de consolidar Katy Perry no concorridíssimo e volátil cenário musical norte-americano.

Na linhagem de popstars à la Madonna, assim como a própria Lady Gaga, Katy busca ser mais do que um nome da música. Quer ser ícone pop, fashion, e tenta isso pelo viés da irreverência, da provocação e do estilo de seu visual, em constante reinvenção.

A atual encarnação é a de uma pin-up – como eram chamadas as desinibidas garotas que enfeitavam os armários de soldados norte-americanos du­­rante a Segunda Guerra Mundial – numa versão século 21. Multicolorida. Vale lembrar que Katy é fã de estrelas da velha guarda, como as atrizes Jane Russell e Elizabeth Taylor

Talvez a maior qualidade da cantora e de seu ultraproduzido Teenage Dream seja justamente es­­sa sua habilidade de brincar. Nas letras, há sempre segundos, terceiros sentidos. Em geral, apimentados, como seu flerte lésbico em "I Kissed a Girl". A garotada, sobretudo as meninas, gostam dessa "ousadia". O CD lembra os (bons) trabalhos-solo de Gwen Stefani e està anos-luz à frente de One of the Boys, graças a um time de produtores de primeira linha: Dr. Luke, Max Martin, Tricky Stewart e Stargate. Já é um avenço. GGG

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