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Guta Stresser é Olívia em As Próximas Horas Serão Definitivas | André Mantelli / Divulgação
Guta Stresser é Olívia em As Próximas Horas Serão Definitivas| Foto: André Mantelli / Divulgação

Sabe a Bebel d’A Grande Família? Aquela garota irritadiça, que vive entre tapas e beijos com o malandro boa-vida Agostinho Carrara? Pois hoje e amanhã, às 21 horas, ela estará na cama com outro... (pausa dramática). Pior: estará infeliz, em fuga, trocando um hotel sórdido por outro, enquanto um relacionamento de oito anos – que parecia eterno – desmorona diante dos seus olhos.

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Talvez seja essa a impressão de quem for ver As Próximas Horas Serão Definitivas (confira o serviço completo), espetáculo com texto de Daniela Pereira de Carvalho e direção de Gilberto Ga­­wronski, que fecha a programação da Mostra 2011 do Festival de Curitiba, no Teatro da Reitoria. De fato, pode ser meio estranho ver aquela mulher, com quem nos acostumamos a dar boas risadas toda quinta-feira, nos últimos dez anos, às voltas com o fim trágico de um outro casamento. No caso, com o atormentado Gabriel (Sacha Bali).

"Ser ator é isso, dar vida a personagens bem diferentes uns dos outros", resume a curitibana Guta Stresser, minimizando a associação da sua imagem com a personagem d’A Grande Família. "Faz parte [o risco de ficar marcada como a eterna Bebel]. Mas é melhor ficar marcada como a Bebel d’A Grande Família do que com um personagem ruim. Além disso, quem no meu lugar sairia? Quem diria ‘não, não quero trabalhar com a Marieta Severo, o Marco Nanini e o Pedro Cardoso’? Sabe por que eu estou há tanto tempo fazendo o mesmo personagem? Porque o programa é um sucesso, e ninguém quer que ele acabe..."

Ela cita o exemplo de uma colega recém-saída do seriado para demonstrar que o estereótipo não é eterno: "A Andréa Beltrão no começo era só a Zel [Zelda Scott] da Armação Ilimitada..., uma hora vêm outros personagens e as pessoas se desapegam do anterior", observa a atriz, que diz não ter preferência entre a comédia e o drama: "Gosto de fazer os dois, quase toda situação dramática tem um lado engraçado ou patético, assim como as situações cômicas podem ter um lado trágico".

Sacha Bali, que além de dividir o palco com Guta assina a produção do espetáculo, concorda: "A peça é uma espécie de ‘tragédia romântica’. Estamos mais acostumados com as comédias românticas, mas esse texto, embora mais denso, também tem um humor negro. Dá para se emocionar e se divertir ao mesmo tempo", conclui.

Serviço:

As Próximas Horas Serão Definitivas (confira o serviço completo). Teatro da Reitoria (R. XV de Novembro, 1.299). Sábado e domingo, às 21 horas.

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