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Osvaldinho da Cuíca, um dos maiores sambistas de São Paulo, também foi curador do repertório do show | Divulgação
Osvaldinho da Cuíca, um dos maiores sambistas de São Paulo, também foi curador do repertório do show| Foto: Divulgação

Guia Gazeta do Povo

Confira o serviço deste show

Os maiores representantes do samba paulista serão lembrados no show que acontece nesta sexta-feira e sábado, às 21 horas, e no domingo, às 19 horas, no Teatro da Caixa (R. Cons. Laurindo, 280). Clássicos como "Trem das Onze" e "Saudosa Maloca", de Adoniran Barbosa, "Ronda", de Paulo Vanzolini, e "Silêncio no Bexiga", de Geraldo Filme, estarão presentes e já seriam escolhas suficientes para um recorte relevante da tradição sambista de São Paulo. Mas a apresentação deste fim de semana, que deve ter esgotamento rápido de ingressos, será feita por dois dos ícones do samba paulista em pessoa: o repertório de cerca de uma hora e meia será tocado por Osvaldinho da Cuíca e Germano Mathias, com apoio da Orquestra Sociedade Amigos da Gafieira (Saga).

Intérpretes de peso

O multi-instrumentista Osvaldinho, o primeiro "Cidadão Samba de São Paulo" e "Embaixador Nato do Samba Paulista", participou da curadoria do repertório com o músico e produtor Marcelo Cotarelli. Além de intérprete no show, ele participa com duas de suas composições – "Véio Batuqueiro" e "Saudade da Garoa". O músico, nascido em 1940, é um dos precursores e principais incentivadores das escolas de samba paulistas, e pesquisa a memória musical da cidade há décadas.

O "Catedrático do Samba" Germano Mathias (nascido em 1934), contemporâneo de Osvaldinho nas rodas de batuque em caixas de madeira e latas de metal, na época em que os engraxates foram os resistentes do samba, interpreta alguns dos clássicos no estilo sincopado que é sua marca registrada – intercalando canções e "causos". Os arranjos da Saga dão a roupagem moderna às músicas.

Um pouco de samba

Foram escolhidas canções de 20 compositores que retratam a cultura de São Paulo – seus bairros, sua boemia e diversidade cultural. Entre os pioneiros, estão Henricão (com "Só Vendo Que Beleza" e "Está Chegando a Hora") e Vadico (parceiro de Noel Rosa, que nasceu no Brás, com "Feitio de Oração"), com o Quinteto em Branco e Preto entre os mais novos.

"É um lampejo da história de São Paulo. Não dá pra fazer em uma peça só uma trajetória tão rica", diz Osvaldinho da Cuíca, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo. "O samba de São Paulo é muito rico, não só pela sua extensão territorial e geográfica, mas pela diversidade de suas origens – a rural, a influência de umbanda, do caboclo, do lundu, do jongo, dos batuques de umbigada. É muito complexo", diz o músico. "Fizemos uma coisa mais simples, passando pelo samba rural e caindo no samba urbano através de seus representantes mais significativos."

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