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Conhecido por seus trabalhos com os grupos Mestre Ambrósio e Fuloresta, Siba se concentra em um projeto solo | Talita Miranda/Divulgação
Conhecido por seus trabalhos com os grupos Mestre Ambrósio e Fuloresta, Siba se concentra em um projeto solo| Foto: Talita Miranda/Divulgação

Show

Molungo Convida Siba

Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. Dias 25 e 26, às 20h30. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada).

  • O grupo curitibano se prepara para lançar um novo disco, com sonoridade mais urbana, no fim de junho

Há algo em comum entre a Mestre Ambrósio, banda recifense surgida nos anos 1990 com uma obra marcada pela música tradicional nordestina, e o grupo curitibano Molungo, que hoje ecoa referências em comum com seus tambores nos palcos daqui. Não à toa, o nome de Sérgio Veloso, o Siba, foi escolhido para dividir o Teatro do Paiol com a banda paranaense nesta sexta-feira e sábado.

Hoje concentrado em um trabalho solo de pegada mais elétrica e permeado por referências como o rock junto às da cultura da Mata Norte pernambucana, o ex-membro do Mestre Ambrósio – e, posteriormente, do Siba e a Fuloresta – faz dois shows com o grupo de Carlito Birolli, Cauê Menandro, Caio Guimarães, Guilherme Handa e Luís Piazzetta.

"A música viaja, independentemente de sua origem. Ela é ilimitada", diz Siba, por telefone, perguntado sobre como era encontrar paralelos com o seu trabalho em um grupo paranaense. "Chega um momento em que um certo gênero começa a receber uma acolhida, entra em sintonia com outros lugares e se desprende. Tanto que a gente acha normal que hoje exista blues em todo lugar e ninguém questiona banda de rock em Curitiba ou no Recife", compara o músico, explicando que, neste processo, questões de legitimidade interessam pouco. "Acredito na liberdade de expressão e apropriação", diz.

Ainda divulgando na Europa seu último disco, Avante (2012), e à frente de um projeto que une guitarra a maracatu de Baque Solto em Pernambuco – o Azougue Vapor –, Siba deve começar ainda em 2014 um novo trabalho que deve reunir as linguagens de seus últimos projetos.

Repertório

Também seguindo a direção de uma música mais urbana no momento em que grava um segundo disco, o grupo Molungo vai ao Paiol apostando em seu arcabouço de pesquisas de ritmos como coco, maracatu, baião e embolada. Músicas suas, como "Coco Arruaceiro", são a base do repertório, que deve contar com uma boa parte de canções de Siba, como "Fuá na Casa de Cabral" e "Gavião" (Mestre Ambrósio), "Vale do Jucá" (Siba e Fuloresta) e "Ariana" (de Avante). O repertório ainda não havia sido definido quando os músicos falaram com a reportagem.

"Pensamos em focar mais no regional, rítmica, que é mais a pegada do Siba, e que achamos que faria o espetáculo ganhar mais", explica Carlito Birolli.

Uma parcela menor do repertório já deve consistir no material de Mais Agreste, o novo álbum do Molungo, previsto para sair entre o fim de junho e o início de julho.

"O disco traz muitas referências à música afro, ao candomblé, mas também sai desse universo e vem com coisas mais modernas, urbanas", explica.

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