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Sylvester Stallone comanda os mercenários: ação irreal e autoparódia | Divulgação
Sylvester Stallone comanda os mercenários: ação irreal e autoparódia| Foto: Divulgação

Cinema

Veja informações deste e de outros filmes no Guia da Gazeta do Povo.

Para um filme de ação, Os Mercenários 3 é uma divertida comédia, ver­dadeira paródia do gênero "cinema-testosterona". Tudo é exagerado na continuação da franquia criada por Sylvester Stallone em 2010 e que tem funcionado como alternativa à aposentadoria de astros de filmes de ação das décadas de 1980 e 1990 (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

A começar pelo elenco de apoio, com média de idade superior a 60 anos, que desta vez, conta com Mel Gibson como o vilão, e mais Harrison Ford, Wesley Snipes, Arnold Schwarzenegger, Antonio Banderas, Jet Li, Dolph Lundgren, Jason Stathan etc...

Patrick Hughes, o diretor australiano, brinca e abusa das cenas de ação espetaculares, vertiginosas e irreais. São duas horas ininterruptas de explosões, tiros de todos os calibres, porradas, truques com facas, bombas relógio desarmadas no último segundo, fugas espetaculares e escaladas de le parkour. A razão das baixas em combate fica tranquilamente em 5 mil inimigos para cada mercenário.

Do roteiro, coescrito por Stallone, não se pode exigir qualquer coerência; a narrativa é apenas suporte para a ação e a galhofa. Desta vez, o grupo de mercenários liderado por Barney (Stallone) precisa salvar Doc (Snipes), ex-detento de uma prisão de segurança máxima.

Após o resgate, recebem do figurão Drummer (Ford) a missão de eliminar um traficante de armas. O grupo falha, e pior, descobre que o bandidão é Stonebanks (Gibson), fundador e traidor dos mercenários, a que Barney pensava ter matado há muitos anos.

Com o fracasso da missão, Barney decide dissolver a antiga e equipe e renovar o grupo recrutando um núcleo jovem (que conta com a lutadora de MMA Rounda Rousey e o boxeador Victor Ortiz, entre outros).

Nesta parte, o filme perde o fôlego, já que uma de suas graças está justamente ao lotar o mesmo plano sequência com tantos rostos do inconsciente cinematográfico mundial ao mesmo tempo.

Outro trunfo da franquia é relembrar de incontáveis filmes que fizeram a história do cinema de ação. Cinéfilos cuidadosos podem se divertir descobrindo as dezenas de citações a filmes clássicos (Butch Cassidy, Sete Homes e Um Destino, Expresso para o Inferno, Duro de Matar, Fugindo do Inferno) e outros estrelados pelos próprios astros no passado, como Máquina Mortífera, O Predador, Comando para Matar, Velozes e Furiosos, Rambo, Blade Runner... GG1/2

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