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Cavaquinhista e compositor paranaense convidou o cantor para o projeto em 2013. | Maísa de Aguiar/Divulgação
Cavaquinhista e compositor paranaense convidou o cantor para o projeto em 2013.| Foto: Maísa de Aguiar/Divulgação

Curitiba esteve na rota dos três últimos projetos de Carlinhos Vergueiro em homenagem a mestres da música brasileira: Adoniran Barbosa (2010), Nelson Cavaquinho (2011) e Paulo Vanzolini (2013). Mas o tributo a Nelson Gonçalves (1919-1998) que o cantor apresenta ao lado do cavaquinhista e compositor paranaense Julião Boêmio de hoje (30) a domingo (3), no Teatro da Caixa, é algo bem diferente.

Vergueiro foi amigo, parceiro e companheiro de boemia de Adoniran, Nelson Cavaquinho e Vanzolini, e lhes prestou homenagens com cores pessoais. Sua relação com Nelson Gonçalves, no entanto, é mais como a de um fã. O cantor vem, desta vez, como convidado de Julião, que conheceu quando se apresentou no Teatro do Paiol, em 2013.

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Julião Boêmio e Carlinhos Vergueiro

Teatro da Caixa (R. Cons. Laurindo, 280), (41) 2118-5111. De quinta-feira (30) a sábado (2), às 20 horas, e domingo (3), às 19h30. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Sujeito à lotação. A bilheteria abre de terça a sábado, das 12 às 20h, e domingo, das 16 às 19h. Mais informações no Guia.

O cavaquinhista assistiu à apresentação do cantor imaginando como sua voz ficaria em uma homenagem Nelson Gonçalves, que ouve desde os tempos de criança. Para ele, o timbre de Vergueiro casaria perfeitamente com o estilo empostado que marcou a geração do homenageado.

“Fui conversar com ele e me surpreendi. Ele disse que gostava muito de cantar o repertório do Nelson Gonçalves, mas que já não cantava há muito tempo. Topou na hora”, conta Julião, que assina todos os arranjos do show, adaptados para a formação de sua regional formada por Vinicius Chamorro (violão), Marcela Zanette (flauta), Luiz Rolim e Ricardo Salmazo (percussão).

Vergueiro ficou com a escolha das canções, e conta que procurou privilegiar canções que ficaram marcadas na voz de Nelson Gonçalves, como “Maria Bethânia” e “Renúncia”, além de composições de Herivelto Martins, Nelson Cavaquinho e Adelino Moreira.

“Adelino foi o compositor mais presente na carreira do Nelson. São dele ‘Fica Comigo Esta Noite’, ‘Negue’, ‘A Volta Do Boêmio’ e ‘Meu Vício É Você’, um grande sucesso. Me concentrei mais nessas músicas que são a cara do Nelson Gonçalves”, explica o cantor, para quem o homenageado conseguiu se distinguir em uma época em que todos queriam ser Orlando Silva. “Nelson depois tinha seu carimbo, sua marca. E foi considerado um grande cantor, que deve ter influenciado muita gente. Tem pessoas que são ‘nelsistas’, que acham que ele é o maior do mundo”, diz.

Para Vergueiro, o estilo de cantar de Gonçalves pode ter saído de moda, mas continua ressoando por aí.

“As pessoas continuam gostando deste tipo de cantor, seresteiro, que canta essa música mais de amor, mais samba-canção. Se você entra na internet dá uma pesquisada no Nelson Gonçalves, vê que tem muitas entradas, muitas curtidas, muita gente querendo ouvir esse tipo de música. Então deve ter um publico que se interessa por ela”, diz. “Quando você fala de amor, sempre tem lugar. As pessoas mesmo que ouçam escondidas, que tenham vergonha, elas se identificam”, brinca.

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