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Comercial do programa Agarre o Que Puder, da Kolynos, apresentado por Rosemari Naumes, no Canal 12, em 1965 | Acervo Renato Mazanek/Divulgação.
Comercial do programa Agarre o Que Puder, da Kolynos, apresentado por Rosemari Naumes, no Canal 12, em 1965| Foto: Acervo Renato Mazanek/Divulgação.

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Depoimentos – Pioneiros da TV no Paraná, que o Museu da Imagem e do Som lança no dia 18 de setembro na mostra 50 Anos no Ar – A Trajetória da TV no Paraná.

Juarez Machado – cenógrafo

Luiz Renato Ribas – apresentador e criador da revista TV Programas

Meire Nogueira – apresentadora e garota propaganda

Osíris Hadad – garota propaganda

Elon Garcia – apresentador

Renato Mazanek – técnico

Linda Saparolli – apresentadora

Swami Soeiro – técnico

Flaros Dedo – técnico

Nelson Silva – câmera

  • A inauguração do Canal 12, em 1960, marcou o início da história da televisão no Paraná
  • O fotógrafo Pedro Nossol oferece sua visão pessoal sobre a tevê no século 21

No início, era o verbo. O formato dos programas de rádio ainda era o exemplo seguido pelos profissionais que produziam, ao vivo, os jornais e telenovelas dos primeiros anos da televisão no Brasil. E, quando a tecnologia chegou no Paraná, com dez anos de atraso, nos anos 60, não foi diferente, como rememora a mostra 50 Anos no Ar – A Tra­­jetória da TV no Paraná, com abertura amanhã, às 18h30, no átrio da Secretaria de Estado da Cultura.

"É uma exposição compacta, que é uma homenagem às pessoas que fizeram a televisão no estado e, ao mesmo tempo, um modo de mostrar o nosso acervo", conta Stefanie Freiberger, diretora do Museu da Imagem e do Som (MIS). O evento, que pode ser visitado até 15 de outubro, antecipa as celebrações dos 50 anos da televisão no Paraná, comemorada no dia 29 de outubro, data em que foi inaugurada a primeira televisão do estado, o Canal 12 – TV Paranaense, hoje RPCTV.

A mostra multimídia reúne imagens históricas que documentam as inaugurações do Canal 12, Canal 4 e Canal 6 e a produção de comerciais, telejornais e telenovelas em um período em que tudo era feito localmente com artistas do rádio e do teatro. "No início, o formato dos programas ainda era muito preso ao rádio, mas aos poucos os profissionais foram encontrando a linguagem da televisão, que era algo completamente novo", conta Stefanie.

Sim, o Paraná produzia telenovelas – chamadas na época de teleteatro, por serem feitas inteiramente ao vivo, em cenários produzidos por artistas como o catarinense radicado em Curitiba Juarez Machado, hoje residente em Paris. A primeira delas, A Última Carícia, do Canal 6, tinha entre seus protagonistas a atriz Lala Schneider, ainda mocinha. "Era tudo muito teatral, não havia cenas externas, como depois seria possível com o videotape", conta a diretora do MIS.

Televizinho?

Um aviso aos desavisados: a exposição enfileira equipamentos de estúdio, câmeras filmadoras, televisores dos anos 60 e 70 e outros objetos mastodônticos que podem chocar visitantes mais jovens. "Para quem está acostumado a ver televisão pelo celular, é difícil imaginar tanta dificuldade", conta Stefanie.

Os nostálgicos talvez sintam saudades das primeiras décadas da televisão no país, quando a vizinhança se aboletava no sofá do vizinho mais abonado, que podia comprar um ainda caríssimo aparelho de tevê, para se maravilhar com as imagens em preto-e-branco. "Eram os ‘televizinhos’. Nas revistinhas vendidas com a programação havia até artigos ensinando maneiras educadas de se comportar como, por exemplo, não pedir comida, não ficar mudando de canal", lembra a diretora.

O futuro da televisão também é evocado nesta exposição, como mostra a foto "Bendita Convergência, e Agora?", do fotógrafo Pedro Nossol, um dos cinco profissionais convidados pela Galeria de Arte Zilda Fraletti para criar imagens autorais das cinco décadas da televisão no Paraná.

"Me inspirei numa questão que muito nos aflige: com a tendência de convergir todos os aparelhos e mídias para uma só, qual é o futuro que está reservado para a televisão do século 21?", questiona Nossol, que retrata o tempo atual. Também participam Orlando Azevedo (anos 60), Vilma Slomp (anos 70), Nego Miranda (anos 80) e Marcelo Dallegrave (anos 90).

Comerciais antigos como o da pasta de dentes Kolgate (foto acima), produzidos no Paraná, serão exibidos em tevês de plasma ao longo de toda a duração da exposição. Mas somente no dia da abertura será possível se deliciar com mais de cem temas musicais de séries de televisão selecionados pelo fotógrafo e pesquisador de trilhas sonoras Tiomkim. Entre elas: Bonanza, Missão Impossível, A Família Addams, Popeye, Dr. Kildare, I Love Lucy, A Feiticeira, Jeannie é Um Gênio e Flipper. Será como entrar no túnel do tempo.

Serviço:

50 Anos no Ar – A Trajetória da TV no Paraná. Átrio da Secretaria de Estado da Cultura (R. Ébano Pereira, 240). Abertura, dia 19 às 18h30. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Entrada franca. Até 15 de outubro.

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