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 | Fotos: Divulgação
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Pode parecer a entrada de uma caverna, mas é o interior da boca de um cachorro. Pode parecer uma pincelada sobre tela, mas é a luz manipulada pela fotografia. Provocar no espectador a sensação do movimento e deixá-lo traduzir os cenários de acordo com o que vê é o principal interesse da pesquisa do artista plástico Ricardo Schreiner, mais conhecido como RVedita, que inaugura hoje, às 19 horas, uma exposição com cerca de 30 fotografias na Galeria Subsolo.

Partindo da exploração do imaginário, acentuado pela ambiguidade provocada pelas imagens, RVedita apresenta duas séries fotográficas, intituladas Caminhos e Vultos, respectivamente. Na primeira, o artista transforma objetos comuns em imagens utópicas, baseado em histórias e personagens mitológicos – como o interior da boca de um cachorro, semelhante à entrada de uma caverna . "O espectador também pode deixar de lado uma visão pragmática e deixar-se levar por estes caminhos para um lugar desconhecido, mágico, onde seres encantados podem viver em plena harmonia ou tentando sobreviver sob eternas batalhas contra motivos adversos", explica Elisa Gunzi, responsável pela curadoria da mostra, ao lado de Márcia Bony.

Já na segunda série de imagens, Vultos, a discussão do artista se estende a cenários urbanos, que ele investiga sob a luz noturna. "O clique de sua câmera em movimento desfoca a imagem de casas, postes, telhados, enfim, objetos urbanos próprios", conta a curadora, revelando na obra do artista influências da Op Art. "Essa influência pode ser vista na ênfase que ele dá à ilusão do movimento através do uso da luz, cores, vibrações e deformações. Mas se afasta desse estilo quando o artista procura dialogar com o pictórico e até mimetizar a pintura, usando, em vez de papel e tinta, luzes e recursos mecânicos", analisa.

Serviço:

Caminhos e Vultos, fotografias de RVedita. Espaço Galeria Subsolo (Av. Iguaçu, 2.481), (41) 3019-8701. Abertura hoje, às 19 horas. De terça a sexta-feira, das 14 às 21 horas e sábados, das 11 às 18 horas. Em cartaz até 16 de janeiro. Entrada franca.

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