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Talvez ainda não seja suficiente para tirar a imagem de bom-mocismo do Coldplay, mas Chris Martin já mostrou que consegue, em entrevistas, dar respostas de garoto mau. Em encontro com jornalistas realizado em um hotel de São Paulo nesta quarta-feira (28), dia do último show no Brasil, a banda inglesa fez uma aparição que durou pouco mais de 15 minutos e foi marcada pela irritação do cantor. Tudo em razão de perguntas sobre sua mulher, a atriz Gwyneth Paltrow.

Bastou um "quais são os seus três filmes prediletos estrelados pela Gwyneth?" vindo de um jornalista para que Martin, azedo, devolvesse com um "e qual é a sua posição sexual favorita?". Também parece não ter soado bem para o rapaz que, na seqüência, uma jornalista perguntasse se ele toparia fazer um dueto vocal com Gwyneth Paltrow (a atriz se arrisca a soltar a voz entre uma e outra megaprodução hollywoodiana). De novo, "qual é a sua posição sexual favorita?", foi o que recebeu a colega, da boca do nada feliz Martin.

A partir daí, o cantor deu sinais de que a coletiva não iria muito longe e pediu "mais uma ou duas perguntas" para encerrá-la.

Um pouco antes e um pouco mais calmo, o vocalista do Coldplay respondeu a pergunta do G1 sobre algumas críticas que recaem sobre o grupo, como a de fazer um som brando ou não desafiar suficientemente a música ou o cenário musical.

"O problema", disse ele, "é que esses críticos têm 20 anos a mais do que a gente. Eles são velhos o suficiente para terem visto muita coisa. Nós temos três discos, e, veja, quais são as bandas que fizeram algo revolucionário neste ponto? O Nirvana e algumas outras mais, talvez? [Mas] O próximo disco, não importa quantas cópias venhamos a vender ou se vamos encher estádios, será a respeito de atingir um outro nível."

Apesar de Martin ser a cara do grupo, nas entrevistas, todos os integrantes se expressam e participam ativamente. O baterista Will Champion falou que a escolha de Brian Eno como produtor (um nome respeitado tanto por seus trabalhos experimentais quanto por ter colaborado em discos de sucesso do U2) se deve ao fato de ele já ter feito muita coisa relevante para a música, ajudando nomes como David Bowie e Talking Heads. O baixista Guy Berryman disse que seria importante porque Eno "é melhor do que a gente".

Ainda houve espaço para que a banda se dissesse surpresa pelos protestos quanto ao número reduzido de ingressos (foram menos de 3.000 por show) e que só se deram conta ao chegar à Argentina e ao Chile. Prometeram uma turnê de maiores dimensões no futuro.

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