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Los Angeles – O filme Vôo 93 (United 93), a primeira produção de Hollywood sobre os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, deixou muitos dos espectadores chorosos e mudos em seu primeiro fim de semana em cartaz nos cinemas americanos. Vôo 93 arrecadou US$ 11,6 milhões de sexta-feira a domingo passado.

O filme do britânico Paul Greengrass acompanha minuto a minuto, com um tom quase de documentário, o vôo do segundo avião seqüestrado em 11 de setembro, que não chegou nem a seu destino original nem ao que os terroristas pretendiam alcançar. Um longa sem estrelas, onde muitos de seus intérpretes nem ao menos são atores e, sim, pessoas que viveram de perto esse dia ou companheiros de trabalho de alguns dos mortos. O longa contou com o apoio das famílias das vítimas e estreou acompanhado de uma grande polêmica sociológica nos Estados Unidos sobre se os americanos estão ou não preparados para lembrar o horror vivido naquele dia.

Nos cinemas, a cena se repete: após o fim da projeção, as pessoas limpam as lágrimas e recuperam a respiração antes de sair das salas de exibição. Ao sair, o silêncio é cortado apenas pelo choro e pelos suspiros dos espectadores, muitos deles emocionados.

Em Nova Iorque, a resposta do público também foi dramática, mas mais dividida. O nova-iorquino Steven Goldman, que em 11 de setembro de 2001 morava perto das Torres Gêmeas, foi assistir ao filme com uma mistura de necessidade e repulsa. "Muitos dos meus amigos não quiseram vir, mas eu não podia esperar para ver", admitiu, emocionado, após a exibição do longa.

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