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Ator australiano Hugh Jackman interpreta o mutante Wolverine pela quarta vez | Divulgação
Ator australiano Hugh Jackman interpreta o mutante Wolverine pela quarta vez| Foto: Divulgação

Shopping Palladium inaugura oito salas de cinema

A exibição para a imprensa do filme X-Men Origens: Wolverine foi realizada no novo cinema localizado no Palladium Shopping Center: o UCI Palladium, que entra em funcionamento na próxima sexta-feira (1º).O novo complexo, da mesma rede de cinemas do Shopping Estação, terá oito salas no formato stadium, contabilizando um total de 2.246 lugares. Entre os serviços a disposição do público, estarão poltronas de couro reclináveis, fileiras com love seats (assentos duplos com braços reclináveis), venda de ingressos numerados, e 40 lugares em cada sala para portadores de deficiência.Os filmes que estarão em cartaz no novo cinema a partir de sexta-feira (1) são "X-Men Origens: Wolverine", "Recém Chegada", "Dúvida" e "A Festa do Garfield", que estreiam em Curitiba, e o drama "Che", a animação "Monstros Vs. Alienígenas", a ficção científica "Presságio", e as comédias "Divã" e "Eu odeio o Dia Dos Namorados".

  • Cena do filme
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Depois de meses de expectativa por parte dos fãs e da polêmica envolvendo os milhares de downloads ilegais de uma cópia pirata inacabada que vazou na Internet, o filme X-Men Origens: Wolverine chega aos cinemas nesta quinta-feira. A boa notícia é que o longa mantém a média das produções anteriores da franquia X-Men, e deve divertir boa parte do público interessado nas sequências de ação. A má é que produção não consegue se aprofundar na complexidade do personagem principal, um dos mais fascinantes e dramaticamente densos do universo dos quadrinhos.

A história começa no século 19 quando o ainda menino Logan (Hugh Jackman) tem seus poderes despertados depois de uma tragédia familiar. Dono de um poder de cura assombroso, baixo nível de envelhecimento e de uma capacidade de fazer com que garras de ossos surjam em seus punhos, ele passa a lutar junto de seu irmão Victor Creed (Liev Schreiber), um violento mutante com poderes animalescos, em uma tropa especial secreta de homens com habilidades especiais organizada pelo Coronel William Stryker (Danny Huston), um militar do governo americano.

Descontente com os brutais métodos de atuação da tropa, ele decide abandoná-los para viver uma vida normal. Anos depois, enquanto sobrevive pacificamente como lenhador ao lado de sua namorada chamada Kayla (Lynn Collins), Logan é surpreendido pela notícia de que os mutantes que faziam parte da tropa estão sendo assassinados. Suspeitando que seu irmão passa estar envolvido no caso, ele decide aceitar o convite para fazer parte de um projeto do governo americano chamado Arma X, que lhe dará um corpo praticamente indestrutível. O que ele não sabe é que seus superiores têm planos sombrios para ele.

A produção é inspirada em duas séries de HQ’s do personagem: Wolverine Origens e Arma X. As duas histórias se encarregam de revelar os detalhes ocultos da vida do personagem, que sempre foi cercada de mistério.

Em cena, o que se vê é que vários dos elementos dos quadrinhos de ambas as séries são transpostos para o longa, porém sem a intensidade habitual que o personagem tem nos quadrinhos. Ao contrário de produções recentes como Batman – O Cavaleiro das Trevas e Watchmen, que se destacam por buscar uma abordagem mais profunda dos dramas internos que guiam os protagonistas, X-Men Origens: Wolverine não consegue criar um retrato humano tão complexo de seu principal personagem.

Do ponto de vista dramático, o principal arco narrativo da história é a conturbada relação entre Wolverine e seu irmão Dentes de Sabre, que mesmo assim é retratada de uma forma não tão profunda. Um aspecto que também pode surpreender às pessoas acostumadas com o mau temperamento de Logan são as cenas românticas protagonizadas per ele e sua namorada, a bela Kayla.

Aliás, outro detalhe que pode decepcionar alguns fãs é o pouco tempo dedicado a aprofundar as origens morais do personagem, e os fatos que ajudaram a criar seu jeito "esquentado": a narrativa se limita a dar um salto do período de sua infância para uma época próxima da atual através de flashes que mostram algumas das guerras em que ele e seu irmão estiveram envolvidos.

Fica claro que a principal proposta do filme é apostar nas cenas de ação, que em geral são interessantes, mas deixam a desejar em alguns aspectos. Alguns dos efeitos visuais da película também podem incomodar os mais atentos a este tipo de detalhe.

A forma com que as tomadas mais violentas são veladas, procedimento adotado para abrandar a classificação etária, também deve desagradar alguns fãs acostumados ao estilo sanguinário de Logan. Mesmo assim, há batalhas dignas de nota, como a luta envolvendo Wolverine e o misterioso Gambit (Taylor Kitsch).

O time de mutantes do filme também é outro ponto de destaque: personagens que em geral não tinham sido retratados nos três longas da franquia X-Men ganham seu momento em cena. Destaques para a rápida participação do mutante tagarela Deadpool (Ryan Reynolds), e do poderoso Gambit, que finalmente aparecem em um filme da série.

No elenco, Hugh Jackman mostra-se à vontade na pele de Wolverine, encarnando-o com o mesmo entusiasmo dos longas anteriores da franquia. É a quarta vez que o ator interpreta o herói. Outro destaque é o antagonista Liev Schreiber, que convence como o animalesco Dentes de Sabre, fazendo o possível para sustentar um personagem que chama a atenção mais por seu porte e gestos intimidadores por que por seus diálogos.

Do ponto de vista da direção, o sul africano Gavin Hoodv faz um trabalho correto, muito embora renda-se algumas vezes a diálogos e cenas um tanto clichês para ilustrar o drama vivido pelos personagens.

Em geral, X-Men Origens: Wolverine deve agradar aos espectadores que estiverem à procura de boas doses de ação. Já os fãs mais ortodoxos do personagem talvez não fiquem tão satisfeitos com alguns aspectos da produção, mas provavelmente ficarão contentes com o resultado final que, no fim das contas, é puro entretenimento.

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