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Rodrigo Lobão em frente à sua obra, no bar O Torto. Artista começou a pintar aos 13 anos, quando “roubava” tintas da mãe | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Rodrigo Lobão em frente à sua obra, no bar O Torto. Artista começou a pintar aos 13 anos, quando “roubava” tintas da mãe| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

Livro

Garrincha – O Rei dos Reis – O Divino Anjo Voa Novamente

Dominique Beaucant. US$ 150 (enviado ao Brasil por US$ 225, com frete incluso). A obra é embalada individualmente, com capa de proteção. Comprar pelo email copade58brasilcampeao@aim.com.

  • No detalhe do quadro, Garrincha com a camisa 11
  • Brasileiro entorta zagueiro da União Soviética na Copa de 1958

O número 11 da camisa de sua primeira Copa do Mundo, em 1958; o 7 do Mundial de 1962 e as asas, que remetem ao apelido "anjo de pernas tortas", são alguns elementos presentes no quadro em que o artista visual Rodrigo Lobão retrata Mané Garrincha. A obra é um dos destaques do bar O Torto, cuja temática é dedicada ao jogador, e foi paga "em cervejas" pelo amigo de Lobão e dono do bar, Arlindo Ventura, o Magrão. Oito anos depois de servir de pano de fundo para um sem número de registros sobre o espaço, o quadro virou capa do livro Garrincha – O Rei dos Reis – O Divino Anjo Voa Novamente, obra do escritor francês Dominique Beaucant, lançada em Nova York há alguns meses.

Filho de artistas, Lobão começou a pintar aos 13 anos, quando roubava as tintas da mãe, a pintora Vandeci Crema. Mas não seguiu carreira na: formado em Sistema de Informação, tenta pintar nas horas vagas. Porém, o quadro da capa foi o último feito por ele. E demorou: foram quase dois anos produzindo. "Quando nos conhecemos, ele estava fazendo o quadro. Um dia falei: cara, você nunca vai terminar isso?", conta a esposa de Lobão, Larissa – o casal está junto há nove anos e se conheceu no Torto.

Apesar da suposta "demora", Lobão observa o quadro no alto do bar e analisa: "Acho que ele nunca está pronto, o artista sempre acha que nunca está bom". Entretanto, a autocrítica é excessiva: o quadro é o cenário preferido dos clientes e turistas na hora das fotos. Foi elogiado, inclusive, pela cantora Elza Soares, que conheceu o bar quando esteve em Curitiba no mês passado, para show na Corrente Cultural.

Na pintura a óleo, o artista, junto com Magrão, pensou em momentos icônicos de Garrincha. "O 11 é da Copa de 1958, em um jogo contra a Rússia. Se o Brasil não avançasse, seria desclassificado. A camisa 7 é de 1962, quando Garrincha foi ponta direita. As garrafas foram uma criação do Rodrigo, que falam das escorregadas de Garrincha no álcool", diz Magrão.

O convite para usar a imagem do quadro aconteceu no ano passado – Dominique ligou para Magrão dizendo que conhecia o bar via internet e viu uma foto com a obra do fundo. "Acabei demorando para mandar a imagem para ele, que pediu se poderia usar na capa. E aí avisei o Rodrigo", conta. Como contrapartida, Lobão ganhou um livro e os devidos créditos da imagem.

Em formato de biografia ilustrada, livro é direcionado para colecionadores

Ídolo da infância do autor francês Dominique Beaucant, Mané Garrincha foi o personagem escolhido pelo escritor para o projeto. Garrincha – O Rei dos Reis – O Divino Anjo Voa Novamente, é uma biografia ricamente ilustrada, com 245 fotografias, 50 delas impressas em cores. A obra foi lançada em Nova York este ano, e está à venda pela internet.

Há também 15 imagens raras do fotógrafo André Lecoq, que trabalhou na abertura das Copas de 1958 e 1962, e foram descobertas em uma pesquisa de dados do autor sobre Garrincha, localizadas em microfilmes dos arquivos do grupo francês Presse Sports-L’Equipe.

Além das fotos, o livro relata diversos momentos da vida do jogador, com detalhes da intimidade e outras passagens exclusivas pesquisadas por Beaucant. Todo o arquivo reunido resultou em um livro de 288 páginas, com tiragem limitada de mil exemplares.

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