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Há tempos na estrada: “Não me sinto exemplo de nada, não.” | Divulgação
Há tempos na estrada: “Não me sinto exemplo de nada, não.”| Foto: Divulgação

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Com o show Vida Que Segue, Zeca Pagodinho retorna a Curitiba nesta sexta-feira para comemorar seus 30 anos de carreira.

Na única apresentação, que acontece às 21 horas, no Teatro Positivo Grande Auditório, o cantor vai mostrar um repertório de clássicos de sua carreira e da história do samba. As músicas compõem seu mais novo trabalho, o DVD Zeca Pagodinho – 30 Anos – Vida Que Segue, lançado no ano passado.

No show, Zeca apresenta sucessos próprios, como "Deixa a Vida Me Levar", "Judia de Mim", "Vai Vadiar", "Vou Botar Teu Nome na Macumba" e "Maneiras", além de músicas de outros compositores que marcaram sua carreira, como "O Sol Nascerá", de Cartola e Elton Medeiros, "Diz Que Fui por Aí", de Zé Kéti e Hortênsio Rocha, e "Aquarela Brasileira", de Silas de Oliveira.

Para o cantor, cada um desses sambas é "um pedaço de sua trajetória" desde que "Camarão Que Dorme a Onda Leva" foi gravado por sua "madrinha" Beth Carvalho, em 1983.

"Cada um tem a sua importância, uns porque me fizeram ter gosto pela música e outros porque são sambas que fiz ou gravei durante a carreira", diz.

Quem o acompanha no palco é a banda Muleke, com direção musical do maestro Paulão 7 Cordas. O cenário é inspirado na paisagem do antigo Rio de Janeiro. Zeca afirma que não tem nada planejado para a sequência da carreira: "Deixo a vida me levar."

Ele promete apenas continuar fazendo o que sempre fez desde quando frequentava os pagodes em Madureira, antes de virar o menino prodígio da roda de samba do Bloco Cacique de Ramos, onde começou a ser admirado pelos seus versos e por sua capacidade de improvisar, no final dos anos 1970.

"Sou a mesma pessoa. O Brasil mudou um pouco em vários sentidos, acho que hoje os problemas com a saúde, escola e violência são maiores", observa.

Maior nome do segmento samba no mercado musical brasileiro, o cantor sabe que há muitos compositores em todo o país que trabalham com a esperança de emplacar uma música em um disco seu.

"Estou sempre disposto a gravar músicas de outros compositores, quem acompanha minha carreira sabe disso. Mas o samba tem que ser bom. Do contrário, não rola", avisa.

Nestes 30 anos de carreira, apesar do status de superestrela e referência artística, Zeca Pagodinho se notabiliza por manter hábitos simples e um estilo de vida autêntico. "Pode ser verdade, mas não me sinto exemplo de nada, não, esse é o meu modo de ser e cada um tem o direito de ter o seu", afirma.

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