Em meio a tensão comercial das últimas semanas entre Brasil e EUA, Lula e Trump conversam por 30 minutos em ligação. Presidente aproveitou para pedir dois favores ao Trump: Extinção do tarifaço e da aplicação da Lei Magnitsky. Notas oficiais do governo tentam enquadrar a ligação como um sucesso diplomático, destacando elogios de Trump a Lula. Mas a conversa teria sido mesmo em “tom amistoso” ou um pedido de socorro após os ataques do próprio PT ao presidente americano? O que está por trás da tentativa do governo de vender essa conversa como um reencontro de velhos amigos?
A comemoração no governo brasileiro após o telefonema entre Lula e Trump durou pouco. O que era para ser um avanço diplomático se transformou em um sinal de alerta em Brasília com a escolha do interlocutor americano: Marco Rubio. Apontado pelo próprio governo Lula como um "linha dura" e dono de uma "agenda retrógrada" para a América Latina, Rubio desperta reservas e contradiz o diálogo "amistoso" que o Planalto tentou vender. Por que Trump escolheria justamente um dos maiores críticos dos regimes de esquerda para negociar com o Brasil?
Lula vai conseguir barrar a PL da Anistia? Proposta pode reduzir pena de Bolsonaro
Enquanto Lula tenta manter a diplomacia, por outro lado, a articulação política avança nos bastidores do Congresso. Nesse sentido, a Câmara dos Deputados pode votar o polêmico Projeto de Lei (PL) da Anistia já nesta quarta-feira (8). O relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), articula um texto que representa uma mudança significativa no cenário judicial, mesmo sem uma anistia ampla. Como resultado, a aprovação do parecer pode reduzir a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro para apenas 1 ano e 7 meses de prisão domiciliar. No entanto, diversos setores do governo Lula criticam a proposta, pois integrantes do STF ressaltam que uma anistia pode estimular novas tentativas de golpe contra a democracia brasileira.
Em movimento de autoproteção, STF age para barrar impeachment
Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) do governo Lula, realiza um movimento estratégico de autoproteção. Duas ações na Corte podem, na prática, invalidar os principais pedidos de impeachment contra ministros como Alexandre de Moraes , que já acumula 40 solicitações. De fato, o interesse do STF no julgamento é claro. Os ministros temem que uma maioria de direita no Senado, a partir de 2027, possa começar a derrubá-los. Isso porque, o STF busca se blindar de uma futura nova composição do Congresso, em uma ação que a oposição vê como mais um capítulo do ativismo judicial.
Veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta terça-feira (7)
- TRUMP ESCALA RUBIO PARA NEGOCIAR COM LULA;
- HUGO MOTTA MANDA RECADO PARA EDUARDO BOLSONARO;
- LULA ANUNCIA PROGRAMA HABITACIONAL E DISPUTA POPULARIDADE COM TARCÍSIO;
- JOSÉ DIRCEU DISPARA: "BOLSONARO NÃO PODE IR PARA A PRISÃO COMUM";
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