Você sabe quanto a Justiça brasileira custa aos cofres públicos? Um levantamento revela gastos que somam R$ 136 bilhões com salários e "penduricalhos" nos últimos sete anos. As despesas “eventuais”, que incluem pagamentos retroativos e indenizações de férias, somaram R$ 42 bilhões. As indenizações, como auxílios saúde e moradia, totalizaram R$ 11 bilhões. O Supremo Tribunal Federal (STF) é apenas a face mais visível de uma estrutura cara, que utiliza uma série de auxílios e privilégios, sobretudo no judiciário.
O teto salarial do funcionalismo público, fixado no subsídio dos ministros do STF, deveria ser a regra de ouro para moralizar os gastos do Estado. No entanto, uma análise aprofundada nos gastos do Poder Judiciário revela como essa norma é contornada sistematicamente. Através de uma complexa rede de auxílios e benefícios extras, conhecidos como "penduricalhos", a magistratura garante rendimentos que superam em muito o limite legal. Sem dúvida algo que choca e revolta a população.
Caminhada pela anistia pressiona Motta e Paulinho da Força
Contra a tentativa de transformar a anistia em dosimetria, cidadãos e parlamentares de direita saíram em uma caminhada pacífica. O ato ocorreu nesta terça-feira (7), na Esplanada dos Ministérios. Acima de tudo, o foco foi o pedido de anistia ampla, geral e irrestrita. A caminhada também foi uma resposta às manifestações organizadas pela esquerda no final de setembro.
A oposição tem se posicionado contra a estratégia do relator da anistia, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), de transformar o projeto em apenas uma revisão das penas dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas Motta ainda resiste.
Entre os participantes estavam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ),a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e parlamentares como a deputada federal Bia Kicis (PL-DF),o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Magno Malta (PL-BA).
Motta tenta abafar anistia com reforma administrativa
Pressionado por um duplo desgaste, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), busca agora virar a página e mudar o foco da pauta legislativa. O movimento ocorre após o impasse na votação da anistia para os presos do 8 de janeiro e a repercussão negativa da "PEC da Blindagem".
Por isso, Motta pretende investir em temas de maior apelo popular. Além de priorizar a aprovação do projeto sobre o Imposto de Renda (IR), o deputado vai focar em propostas sobre segurança pública e na reforma administrativa. Em resposta aos recentes casos de contaminação no país, até mesmo um texto sobre a falsificação de bebidas entrou no radar do presidente da Câmara.
"É o momento de tirar da frente pautas tóxicas; vamos tirar essas pautas tóxicas porque ninguém aguenta mais essa discussão, temos que olhar para frente", disse o presidente da Câmara em evento do BTG Pactual na semana passada.
Veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta quarta-feira (8)
DIREITA REALIZA CAMINHADA NA ESPLANADA EM DEFESA DA ANISTIA;
MOTTA TENTA ABAFAR ANISTIA COM REFORMA ADMINISTRATIVA;
ALCOLUMBRE INDICA RENAN CALHEIROS COMO RELATOR DA ISENÇÃO DO IR;
FACHIN DIVULGA NOTA CONTRA REFORMA ADMINISTRATIVA NO JUDICIÁRIO;
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