Problemas de saúde mental podem comprometer o desempenho de crianças e jovens em sala de aula
Imagem ilustrativa.| Foto: Shutterstock
  • Por Colégio Marista
  • 09/10/2023 08:47

Um em cada seis adolescentes no Brasil sofre com algum tipo de transtorno mental, como depressão e ansiedade. Nos últimos anos, o aumento significativo do número de problemas relacionados à saúde mental de meninos e meninas com idade entre 10 e 19 anos preocupa a sociedade e, consequentemente, as diversas comunidades escolares.

Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que, no mundo, 1 bilhão de pessoas vivem com algum tipo de problema de saúde mental e desse total, 14% são jovens.

Diante dessa realidade, os colégios e escolas sociais do Marista Brasil realizam projetos, atividades e ações de promoção e valorização da vida, por meio de suporte interdisciplinar a comunidade escolar (educadores, alunos e famílias) durante todo o ano letivo, com especial destaque à campanha "Abrace a Vida, Espalhe o Amor", realizada entre os meses de setembro e outubro.

Por que é importante falar sobre saúde mental na escola?

A escola desempenha um papel fundamental na construção e desenvolvimento infanto-juvenil e a saúde mental dos jovens está conectada com as experiências vivenciadas nesse ambiente. Essa é a importância dos educadores transformarem o colégio em um espaço de acolhimento, proteção e desenvolvimento.

Os colégios e escolas Maristas possuem áreas de apoio para dar suporte com foco no cuidado e proteção integral das crianças e adolescentes no contexto escolar. Além disso, equipes e núcleos locais de proteção acompanham a ocorrência de situações de violência ou negligência capazes de afetar diretamente a saúde mental.

Esses núcleos são formados por equipes multidisciplinares compostas por colaboradores das equipes pedagógica, pastoral e psicossocial, todos engajados em desenvolver ações e encaminhamentos para proteção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes.

Escola como um ambiente seguro

A formação continuada dos profissionais é uma das premissas do Marista Brasil. Um bom exemplo é o programa "Cultura do Cuidado", que realiza uma série de atividades e ações para incentivar a comunidade escolar a desenvolver ambientes mais seguros, fraternos e humanos por meio do acolhimento, da escuta significativa e da promoção de ambientes seguros.

Além disso, o programa tem o objetivo de proporcionar o bem-estar físico e mental de professores e outros colaboradores, alunos e as famílias por meio de ações voltadas à prevenção, acolhimento e encaminhamento de situações que representem um fator de risco à saúde.

Uma dessas ações são os diálogos formativos sobre segurança na escola em todas as unidades do Marista Brasil que neste ano, entre os meses de abril e junho, reuniu diretores e gerentes para debater sobre questões atuais e fundamentais da promoção de um ambiente escolar seguro, com participação de especialistas de diversas áreas do conhecimento.

Além de todas essas iniciativas, o curso “Escola Segura: Por uma Cultura do Cuidado” faz parte das diversas iniciativas formativas de colaboradores, visando a constante qualificação profissional de gestores, orientadores pedagógicos e outros atores importantes na efetivação do cuidado e da proteção integral dos estudantes em contexto escolar.

Por que falar com os estudantes sobre saúde mental?

Uma boa maneira de manter hábitos saudáveis e o bem-estar é falar sobre as questões que provocam sofrimento emocional. Por isso, além do ambiente familiar, a escola precisa ser um espaço de escuta de qualidade para os jovens, onde eles possam falar sobre suas tristezas, angústias, medos, emoções e vitórias.

É importante considerar que situações de sofrimento emocional, quando não escutadas e reconhecidas em sua legitimidade, podem se tornar questões de saúde mental. Nesse sentido, essas situações, sem o devido acompanhamento e tratamento, podem prejudicar a socialização, aprendizado e autoestima dos alunos, comprometendo assim o desenvolvimento infanto-juvenil.

Como o Marista pode ajudar?

A escola pode funcionar como um local estratégico de identificação, acolhimento e encaminhamento de situações de sofrimento emocional e saúde mental. Nesse sentido, uma das iniciativas do Marista Brasil, para além das já mencionadas, foi o lançamento de guias para subsidiar as práticas de cuidado e acolhimento em cada escola e colégio.

Um desses guias é o Adolescência e Primeiros Cuidados Socioemocionais em contextos escolares: atitudes, práticas e estratégias", que visa contribuir de forma positiva na atuação cotidiana de educadores.

A publicação é uma estratégia complementar dentro das iniciativas desenvolvidas pelo colégio para capacitar as equipes de educadores que precisam conduzir situações de sofrimento emocional dos alunos em situação de risco e, assim, conseguir ajudá-los e diminuir o risco de agravamento do quadro.

O guia contempla atitudes, comportamentos importantes e passos necessários para os educadores realizarem os primeiros cuidados socioemocionais, além de:

  • Principais elementos para uma abordagem eficaz e segura;
  • Práticas importantes que devem ser executadas na pós-abordagem em primeiros cuidados socioemocionais;
  • Estratégias para a promoção de ambientes acolhedores e promotores de saúde emocional no contexto escolar.

Cada escola promove atividades e projetos voltados para a promoção e valorização da vida, pautados no desenvolvimento de habilidades socioemocionais e valores importantes para o pleno desenvolvimento de cada estudante.

Quais sinais indicam que o jovem está em sofrimento emocional?

Alguns sinais podem indicar que a criança ou adolescente pode estar em sofrimento emocional como repentinas mudanças de comportamento, irritação, agitação, ansiedade ou mudanças de humor atípicas, e:

  • Isolamento e ausência de momentos em grupo;
  • Falta de cuidados pessoais;
  • Pessimismo;
  • Dificuldade para se concentrar e prestar atenção na aula;
  • Preocupação excessiva.

O que a família pode fazer?

Assim como a escola, a família deve praticar a escuta ativa com as crianças e jovens e, assim, se conectar, estender a mão, acolher, demonstrar carinho e vontade de ajudar, de modo a construir um ambiente saudável, seguro e apoiador.

É fundamental procurar ajuda especializada, já que a saúde mental dos jovens é uma responsabilidade compartilhada entre família, escola e sociedade, conforme preconiza a Doutrina da Proteção Integral.

Espaço seguro para crianças e jovens

Com uma educação pautada por valores para a vida, o Marista Brasil  conta com 98 colégios e escolas espalhados em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal e que acolhe diariamente mais de 97 mil crianças e jovens em seus espaços. A educação marista tem como premissa a formação de cidadãos éticos e solidários para a transformação da sociedade, com foco na defesa dos direitos.

Com a missão de trabalhar em prol de um mundo melhor, por meio da transformação social de crianças e jovens através de uma educação de excelência, o Marista Brasil promove vivências e transmite valores humanos.

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