Conheça as lesões no joelho mais comuns para quem pratica esportes
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  • Por Dr. Antonio Tomazini | CRM-PR 30615 | TEOT 14554
  • 14/10/2022 17:28

Os amantes do esporte amador sabem que os craques do futebol têm problemas muitas vezes na articulação do joelho. Por ser uma região extremamente móvel e que também suporta altas pressões e impactos, o joelho está sujeito a muitos problemas.

As chances de lesionar são altas, ainda mais quando o atleta não realiza uma preparação adequada. O primeiro passo para prevenir esse problema ou começar a recuperação é entendendo como esses processos funcionam. É isso que você encontrará ao longo deste artigo.  

Como ocorrem as lesões no joelho no esporte?

Um momento de falta de concentração é o suficiente para gerar uma lesão no joelho durante a prática esportiva. Movimentos errados, falta de preparação do corpo, fraqueza muscular; existem muitas causas possíveis do problema.

Especialistas em ortopedia dividem as lesões de joelho em dois causadores principais:

  • Agudas: ocorrem por causa de um impacto repentino na articulação. Como ocorre quando dois atletas se esbarram em campo ou depois de um período de treinamento intenso que o corpo não suporta; 
  • Crônicas: desenvolvem-se ao longo de meses, geralmente fruto de uma lesão aguda que não cicatrizou ou recebeu o tratamento correto. 

Principais tipos de lesões no joelho

Esses problemas de saúde gerados ao jogar futebol sem concentração e preparação podem assumir algumas formas dependendo da estrutura do joelho afetada:

Lesões ligamentares do joelho

Os ligamentos são como cordas que ligam um osso ao outro e mantém a estabilidade da articulação. Por isso, quem passa por lesões ligamentares do joelho costuma relatar dor, inchaço e, principalmente, falta de “firmeza” (o nome clássico é falseio) no local. Isso dificulta os movimentos e pode causar perda de mobilidade.

Alguns dos ligamentos que mais sofrem lesões são:

  • Ligamento cruzado anterior (LCA): ele conecta a tíbia ao fêmur e pode se romper em casos de entorse. Ou seja, quando o atleta realiza um movimento extremo com o joelho, como uma torsão. É o mais comum durante a prática do futebol; 
  • Ligamento cruzado posterior (LCP): evita que a tíbia rode externamente. Seu rompimento ocorre por instabilidade do joelho, mas é mais raro. 

Lesões no joelho por queda ou trauma

Os problemas relacionados às lesões do joelho incluem diversos eventos traumáticos, como: entorses, luxação e distensão da articulação. As quedas e traumas são especialmente comuns na prática de esportes coletivos, considerando que o atleta pode esbarrar em outro ou até mesmo em alguma estrutura do campo. Jogar em quadras e campos molhados ou com o calçado incorreto aumenta o risco desse tipo de lesão.

Dependendo da intensidade do trauma, o atleta pode sofrer uma pequena contusão. Ou seja, as estruturas do joelho ficam abaladas e desenvolvem inflamação, mas sem rompimentos ou fraturas. Em casos mais graves, o trauma pode gerar um rompimento ligamentar ou até de estruturas ósseas.

Os sinais de lesões no joelho por queda são bastante simples de reconhecer, incluindo:

  • Dor aguda após o impacto;
  • Vermelhidão e inchaço local;
  • Sensibilidade ao toque. 

É importante buscar o ortopedista imediatamente após o trauma. O especialista deve identificar como tratar a lesão no joelho para evitar problemas posteriores.

Lesão meniscal

O menisco do joelho é como um amortecedor para a pressão que o joelho recebe durante o movimento. Em seu funcionamento normal, ele absorve e distribui todas as pressões pelo membro inferior sem sofrer danos. Contudo, na prática esportiva ele pode sofrer lesões e rupturas.

A lesão no menisco pode ser crônica e ocorrer com dano acumulado ao longo de meses. Um pequeno desgaste nos meniscos raramente causa dor, especialmente quando não está combinado a qualquer instabilidade do joelho.

Com o tempo, esse desgaste torna-se mais grave e os ossos do joelho começam a absorver a pressão, momento em que dores frequentes são sentidas. Existem casos quando o paciente procura um especialista em lesões nos joelhos muito tarde e precisa de cirurgia para a correção.

Lesões na cartilagem do joelho 

O joelho é coberto por uma estrutura mole e gelatinosa feita de colágeno, a cartilagem. Ela é responsável por impedir que os ossos sofram com o atrito do movimento, mas podem sofrer lesões agudas ou crônicas.

A lesão na cartilagem do joelho ocorre quando o atleta passa por um trauma ou por problemas que se prolongam por meses. Muitos esportistas, por exemplo, treinam sem corrigir desalinhamentos da articulação, causando desgaste na cartilagem. Isso gera uma patologia crônica conhecida como condromalácia patelar.

No início, o desgaste não causa sintomas. Com o tempo, porém, surge uma fissura na cartilagem que provoca inflamação, inchaço e dor. Em quadros mais avançados, o atrito entre estruturas articulares gera desgastes e deformidades.

É importante saber que não existe dor na cartilagem do joelho em si, mas nas estruturas do joelho que ficam inflamadas.  Como esse tecido possui muito pouca capacidade de regeneração, o melhor dos casos está no diagnóstico precoce do problema.

Por que procurar um ortopedista cedo é tão importante?

Ao visitar um ortopedista quando os primeiros sintomas surgem, é possível identificar como recuperar a lesão no joelho por meio de tratamentos conservadores ou por artroscopia (correção dos meniscos e ligamentos) e evitar que o desgaste continue. Quando isso não acontece, o paciente talvez, no futuro, precise de uma cirurgia de prótese de joelho, também chamada de artroplastia de joelho.

O diagnóstico precoce aumenta a eficiência do tratamento, especialmente quando orientado e cuidado por um experiente e capacitado médico ortopedista. Agende uma consulta com o Dr. Antônio Tomazini. Com os medicamentos adequados e o auxílio do fisioterapeuta Carlos Afara, a volta ao esporte e atividades de rotina é questão de tempo e persistência. O Dr. Antônio é ortopedista especialista em Artroscopia e Traumatologia do Esporte; membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT); atua no Hospital Marcelino Champagnat e na Clínica Orthofit.