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Em “A Milhões de Quilômetros”, o ator Michael Peña deixa de ser um mero coadjuvante
Em “A Milhões de Quilômetros”, o ator Michael Peña deixa de ser um mero coadjuvante| Foto: Prime Video/Divulgação

“A esperança é o sonho do homem acordado.” A frase atribuída a Aristóteles resume a trajetória de muita gente que não se deixa abalar por sua realidade e segue em busca de suas metas. É o caso do astronauta americano José Hernández, que tem sua história contada em A Milhões de Quilômetros, novo filme original do Prime Video.

Sua jornada é vendida como inspiradora há algum tempo e isso não acontece à toa. Filho de imigrantes mexicanos, Hernández passou a infância trabalhando em fazendas e só aprendeu a falar inglês aos 12 anos. O momento em que se apaixonou pelo espaço foi quando assistiu pela televisão a missão Apollo 17 da NASA. Decidiu então que perseguiria o sonho de se tornar um astronauta.

Sua infância passa rápido no filme, durando os primeiros 20 minutos. Na sequência, o espectador acompanha o protagonista, interpretado por Michael Peña, atuando como engenheiro do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, fundado pela Universidade da Califórnia. Aparecem aí outras dificuldades de sua vida. A Milhões de Quilômetros  retrata que Hernández acaba excluído por colegas, chegando a ser confundido com um zelador por conta de sua ascendência latino-americana.

Essa decisão, provavelmente tomada para fins dramáticos, indica que o mexicano não era respeitado por seus pares, mas isso não necessariamente condiz com a realidade. Seu desempenho no laboratório sinaliza que o filme pesa a mão nesse sentido, inclusive ignorando que ele foi o coautor do primeiro sistema de imagens de mamografia digital de campo completo, que ajudou na detecção de inúmeros casos de câncer de mama desde então.

Rejeitado 11 vezes  

Enquanto conquistava prestígio dentro do laboratório, Hernández seguia em paralelo a vontade de se tornar astronauta, tentando por diversas vezes aplicar para o programa espacial. Nesse percurso, ele chegou a ser negado 11 vezes. Não somente por falhas dele, mas também pelo alto grau de dificuldade dos testes.

O filme acompanha toda essa aventura, que culmina em sua primeira saída da Terra, em 2009. A cena que retrata o fato é bastante emocionante e ajuda a mostrar as qualidades de Peña, que sempre teve papel de coadjuvantes em filmes como Menina de OuroLeões e Cordeiros e Homem-Formiga. Tanto o roteiro quanto a verdadeira história mostram como a maioria das dificuldades podem ser vencidas com determinação. Na vida real, o astronauta demonstra que entendeu o valor disso e, após concluir sua carreira na NASA, virou palestrante motivacional para crianças e adolescentes.

“Quero ter certeza de que essas crianças acreditam que o sonho americano está vivo, bem e que é alcançável, desde que elas estejam dispostas a trabalhar duro e obter uma boa formação”, sintetizou Hernández, durante uma cerimônia de colégio.

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