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Elke Maravilha foi uma das figuras mais icônicas da cultura brasileira | Reprodução site oficial
Elke Maravilha foi uma das figuras mais icônicas da cultura brasileira| Foto: Reprodução site oficial

Uma das figuras mais icônicas da arte brasileira, Elke Maravilha se despediu na madrugada da última terça (16), vitima de complicações após uma cirurgia para tratar de uma úlcera. Modelo, atriz e apresentadora, Elke é de uma geração de artistas completas, cuja trajetória foi tão incomum quanto o visual que a caracterizou. Conheça algumas curiosidades sobre a personalidade preferida do Velho Guerreiro

Russa (e brasileira)

Apesar de ter escrito sua história em solo brasileiro, Elke Giorgierena Grunnupp Evremides migrou para o Brasil com a família – o pai George Grunupp e a mãe Liezelotte Von Sonden – aos seis anos, vindos de São Petesburgo, na Rússia, para evitar a perseguição do governo de Stalin. Se instalou primeiramente em Itabira do Mato Dentro (MG), mesma cidade do escritor Carlos Drummond de Andrade.

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Apátrida...

Chegou a se naturalizar brasileira, mas perdeu a cidadania após se posicionar contra o regime militar em defesa do filho da estilista de Zuzu Angel, assassinado durante a ditadura e por muitos anos considerado um desaparecido politico. Essa proximidade entre as duas está retratada no filme “Zuzu Angel”, de Sérgio Rezende, onde o papel de Elke é vivido por Luana Piovani. O posicionamento político de Elke lhe rendeu a condição de apátrida (indivíduo sem nacionalidade).

Poliglota

Elke falava oito idiomas – alemão, italiano, espanhol, russo, francês, inglês, grego e latim – chegando a atuar como secretária trilíngue, além de bancária e bibliotecária. Também deu aula de diversos idiomas.

Velho Guerreiro

Trabalhou no Cassino do Chacrinha, lado do “Velho Guerreiro” – a quem chamava de “painho” – durante 14 anos. Em “Chacrinha – O Musical”, seu papel foi representado pela atriz Mariana Gallindo.

Show de calouros

No SBT chegou a comandar seu próprio Talk Show chamado “Elke”. Também foi jurada do Programa de Calouros, um dos mais clássicos programas da emissora.

Vestuário extravagante

Reconhecida pelo estilo extravagante do vestuário, Elke foi agredida fisicamente na rua da primeira vez que saiu em público com as roupas que a caracterizaram, chegando a parar no hospital com fraturas na arcada dentária e lábios. Em entrevista a atriz já havia afirmado que seu visual não se tratava de um personagem, que apenas decidiu misturar cores depois de abrir o guarda-roupa e se deparar com opções monocromáticas.

Maternidade

Foi casada oito vezes. Declarou diversas vezes nunca ter desejado ter filhos.

Homenagem

O músico paranaense Itamar Assumpção compôs uma canção em homenagem a artista intitulada “Elke Maravilha”, que compõe o disco “Pretobrás: Por Que Que Eu Não Pensei Nisso Antes?”, de 1998.

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