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Archie Madekwe encarna Jann Mardenborough, que foi de jogador a corredor
Archie Madekwe encarna Jann Mardenborough, que foi de jogador a corredor| Foto: Reprodução YouTube

Filmes como Air: A História por Trás do Logo, Tetris, Flamin' Hot: O Sabor que Mudou a História, The Beanie Bubble – O Fenômeno das Pelúcias e Barbie estão mostrando as possibilidades narrativas para se contar ao grande público o auge e o ocaso de produtos comerciais populares, com análise sociológica e ética dos ambientes em que esses itens surgiram e evoluíram. Agora devemos adicionar à lista Gran Turismo: de Jogador a Corredor, que chega aos cinemas brasileiros hoje (24). O longa-metragem é baseado no famoso videogame, um simulador de direção hiper-realista, projetado em 1997 por Kazunori Yamauchi para a Polyphony Digital e distribuído pela Sony Computer Entertainment para os consoles PlayStation. Quem assina a obra é o sul-africano Neill Blomkamp, ​​especialista em ficção científica alternativa, como comprovam os instigantes Distrito 9, Chappie e Elysium.

O roteiro de Jason Hall e Zach Baylin conta bem livremente a história singular e verdadeira de Jann Mardenborough (Archie Madekwe). Em 2011, esse jovem inglês foi o terceiro vencedor da competição GT Academy, um projeto colaborativo entre a Nissan e a Sony Interactive Entertainment para trazer os jogadores do Gran Turismo para o mundo real das corridas e, caso valessem a pena, dar a oportunidade de eles se tornarem pilotos profissionais. No filme, seu personagem enfrenta a oposição de seu pai Steve (Djimon Hounsou) e é auxiliado em seus árduos esforços pelo duro treinador Jack Salter (David Harbour) e pelo sempre atormentado Danny Moore (Orlando Bloom), promotor da GT Academy.

O sólido elenco mais do que cumpre seu papel. Já Blomkamp consegue impor um ritmo acelerado de videogame, no qual os numerosos porém breves interlúdios dramáticos – bem planejados, desenvolvidos e resolvidos – dão alma à poderosa exibição visual e sonora da impactante ação. Nesse sentido, o cineasta sul-africano segue os passos de filmes semelhantes das últimas décadas, como Alta Velocidade (2001), de Renny Harlin, Rush – No Limite da Emoção (2013), de Ron Howard, e Ford vs. Ferrari (2019), de James Mangold.

Assim, questões como o vício em videogames, a diferença entre o real e o virtual, as relações familiares conflituosas, a competitividade e a moralidade de se vencer a qualquer preço são abordadas com profundidade dramática e perspectiva ética. São questões que elevam o nível deste grande filme de gênero.

© 2023 Aceprensa. Publicado com permissão. Original em espanhol.

Conteúdo editado por:José Flávio Júnior
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