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Refém é libertado pela PM e PRF durante a perseguição policial. | PRF/
Refém é libertado pela PM e PRF durante a perseguição policial.| Foto: PRF/

Uma perseguição policial que se estendeu por mais de 300 km por estradas do Paraná - praticamente metade da extensão do estado - terminou nesta quinta-feira (5) com a fuga dos criminosos em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. O caso teve início após o assalto a uma agência dos Correios em Ortigueira, nos Campos Gerais. Ao chegar na BR-376, o grupo tentou roubar um carro-forte, quando deu início a perseguição, que envolveu sete viaturas da polícias Militar (PM)e Rodoviária Federal (PRF), cinco reféns e quatro caminhonetes roubadas estiveram envolvidos na ocorrência.

A tentativa de roubo aconteceu no fim da manhã de quarta-feira (4), quando os assaltantes fizeram disparos contra o carro-forte na BR-376. Como não conseguiram, fugiram logo em seguida em uma caminhonete roubada, levando três reféns. O grupo criminoso, formado por cerca de cinco pessoas, seguiu em direção a cidade de Ipiranga, onde o carro foi abandonado.

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Por volta das 16h, a PRF e a PM encontraram o veículo abandonado em uma estrada rural na região e os reféns foram liberados. Uma nova caminhonete foi roubada em Ivaí, com o dono do carro, que é morador da região, como refém.

Entre as cidades de Castro e Campo Magro, a segunda caminhonete roubada ficou sem combustível. Ali, os criminosos liberaram o refém e o carro, e roubaram outra, com a qual seguiram até Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, onde o combustível acabou novamente. Um quarto carro, uma picape Chevrolet S10, foi levado de uma residência da região.

Os policiais perderam o rastro dos criminosos, que seguiram rumo a Curitiba. Segundo Vinicius de Andrade Vieira, chefe do núcleo de policiamento e fiscalização da PRF de Ponta Grossa, as evidências indicam que os criminosos integram uma quadrilha que tem esconderijo na capital. “A essa altura provavelmente eles já estão escondidos em uma base na cidade”, afirma Vieira.

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Para Vieira, trata-se de um grupo com muita experiência, já que tinham atitudes calculadas e estavam fortemente armados com fuzis. Próximo do local da tentativa do assalto, em Ortigueira, foram encontrados dois carros adaptados para levar fuzis, abandonados pelos assaltantes.

O policial conta, ainda, que todos os reféns foram liberados sem ferimentos. “Os assaltantes não chegaram a ameaçar muito as vítimas. Eles só pediram que eles ficassem quietos”, explica.

Cerca de nove agentes da PRF e 10 equipes da Polícia Militar participaram das buscas, que foram encerradas na manhã desta quinta. A situação foi inédita para muitos dos agentes que participaram da operação: “Em 15 anos de PRF, nunca atendi algo assim”, conta Vieira.

A investigação agora está a cargo da Polícia Civil.

Colaborou: Cecília Tümler

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