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Após dois anos de transtornos, governo anuncia pacote para agilizar RG

Problema no agendamento pela internet que vem desde 2016 faz com que população procure desesperadamente atendimento em mutirões, chegando a esperar 17h na fila

Uma das medidas é ampliar o horário de atendimento no Instituto de Identificação. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Uma das medidas é ampliar o horário de atendimento no Instituto de Identificação. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

Quase dois anos depois de reclamações na demora para agendar horários para emissão do documento de Identidade, o Instituto de Identificação do Paraná (IIPR), órgão ligado ao Departamento de Polícia Civil, admite as dificuldades e anuncia um pacote de mudanças para tentar atender a população com agilidade. A principal alteração é o desmembramento de horários de agendamento disponíveis pelo site do IIPR - principal reclamação das pessoas. A partir de agora, apenas moradores de Curitiba terão acesso à plataforma a partir das 9h. Para a região metropolitana, Litoral e o interior, o agendamento fica disponível a partir das 14h.

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Segundo o vice-diretor do IIPR, Mauricio Lopes, reconhece o transtorno atual na emissão do documento. Ele explica que o acesso simultâneo de milhares de pessoas da capital, interior, Litoral e da região metropolitana fazia com que a plataforma travasse e impedisse a distribuição de vagas, gerando sobra de vagas. Enquanto isso, em mutirões organizados pela prefeitura nas Ruas da Cidadania, as filas são cada vez maiores de gente desesperada pelo documento - no último mutirão, no bairro Boa Vista, uma mulher chegou a ficar 17h para garantir o RG dela e das filhas.

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“Outro problema que os técnicos do Instituto junto com os da Celepar [empresa de informática do Estado] notaram é que todo mundo agendava no mesmo horário. As tentativas eram às 9h da manhã, então, o sistema estrangulava. Era muita gente tentando e de repente travava o sistema. E tinha vagas ainda para serem preenchidas, mas com tanta gente procurando o sistema fazia isso”, explica Lopes.

Outras mudanças

Diante do cenário, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) propôs também a instalação de postos de identificação nas dez Ruas da Cidadania da capital– hoje apenas a do Carmo tem o serviço. O que, segundo o próprio governador Beto Richa (PSDB), será implantado até o fim de março. “Vamos colocar esse serviço nas regionais para facilitar a vida das pessoas que precisam fazer o seu RG. Isso será feito até o final deste mês, para atender a crescente demanda”, garante Richa. Só essa medida deve aumentar de 500 para 880 as vagas de atendimento distribuídas diariamente apenas em Curitiba.

Outra mecanismo anunciado foi a ampliação do horário de atendimento nos dois principais postos de atendimento para emissão de RG: a sede do próprio IIPR, no Centro, e o 8º Distrito Policial, no Portão. Nestas unidades, o horário de funcionamento, que hoje é das 9h às 17h, passará a ser das 7h às 19h. Mas para isso não há uma data específica. “Se observamos que há uma aceitação da população com relação a esses horários, nada impede que ampliemos esse horário para outros postos de identificação”, afirmou o vice-diretor do IIPR.

Segunda via pelo site

Outra alteração foi determinar uma flexibilidade maior para a obtenção da segunda via do RG apenas pela internet. Até então, o serviço era válido apenas para quem tinha feito a carteira de identidade há pelo menos três anos. Com a mudança, esse período foi para sete anos.

A decisão veio da exigência cada vez mais comum de documentos atualizados - o que, de acordo com o IIPR, foi o que pesou para os transtornos cotidianos na busca por RGs em Curitiba.

Levantamento do órgão mostra que o número de emissões de carteiras identidade cresceu 42% no Estado desde 2011. Em números totais, isso revela que produção saltou de 475.197 naquele ano para 677.439 novos documentos em 2017. “A segunda via tornou-se um número maior do que o primeiro. Inverteu o processo. Aí nós descobrimos o motivo dessa demanda: é porque hoje qualquer órgão pede um RG atualizado. Eles obrigam a pessoa a vir até o instituto. Então, é uma demanda que cresceu assustadoramente por causa disso”, justificou Marcelo Lopes.

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