Fachada do apartamento parcialmente destruída.
Explosão projetou sacada do apartamento em que Caio Santos impermeabilizava o sofá.| Foto: Alberti/Tribuna do Paraná

O técnico Caio Santos, 30 anos, que impermeabilizava o sofá do apartamento que explodiu no bairro Água Verde, em Curitiba, recebeu alta nesta segunda-feira (22). Com 65% do corpo queimado, mas já estável, ele deixou o Hospital Evangélico Mackenzie durante a manhã. A informação foi repassada pela própria instituição.

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Santos foi uma das vítimas da explosão que também feriu os donos do apartamento e matou um menino de 11 anos. Apesar da alta, ele deverá seguir uma rotina de curativos no hospital.

O mesmo boletim informa que Gabriel Araújo, 29 anos, morador do apartamento, passará por um procedimento cirúrgico de enxerto ainda nesta segunda. Como o quadro é estável, ele também deve receber alta esta semana. Já Raquel Lamb, 23 anos, mulher de Araújo, continua respirando com ajuda de aparelhos, embora já esteja fora da UTI.

Irmã da criança que morreu no incidente, Raquel teve 55% do corpo queimado. Ela disse em depoimento à polícia na semana passada que sentiu o impacto da explosão após acionar o gás do fogão e que não teria sido alertada sobre os cuidados necessários durante o manuseio do impermeabilizante.

Ouvido pela Polícia Civil pela primeira vez na última quinta-feira (18), Santos contradisse Raquel e os demais funcionários da empresa na qual trabalha, a Impeseg, alegando que teria repassado todas as informações de segurança para o procedimento, inclusive a de que não poderia acender o gás do fogão.

Por causa das contradições, o delegado responsável pela investigação, Adriano Chohfi, tomará novo depoimento de Raquel e do marido ainda esta semana. Para o delegado, as contradições do depoimento do técnico soaram estranhas pelo fato de Raquel ter mexido no fogão mesmo que, supostamente, tenha recebido orientação contrária.