Prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), em imagem de 2020
Prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), em imagem de 2020| Foto: Gerson Klaina

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), informou nesta terça-feira (11) que encaminhou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um ofício no qual pede que a fase 3 (fase atual) da campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 seja ampliada para toda a população entre 50 e 59 anos de idade. “De maneira ampla, irrestrita e democrática. Por que isso? Para nos livrar da burocracia e, ao mesmo tempo, para multiplicar a possibilidade da vacinação. Deste modo, podemos vacinar desde já professores, policiais, motoristas, cobradores e condutores de ônibus e todos os profissionais que estão na faixa etária entre 50 e 59 anos”, disse Greca, em um vídeo divulgado à imprensa.

Atualmente, Curitiba vacina as pessoas que estão no grupo das comorbidades (fase atual). Mas, em função da quantidade de doses, só foram chamadas até agora as pessoas com comorbidade que têm 57 anos de idade ou mais. A prefeitura acrescentou à Gazeta do Povo que vai aguardar a resposta do Ministério da Saúde antes de qualquer alteração no cronograma da vacinação.

Na manhã desta terça-feira (11), a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, durante sua participação na reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus, na Assembleia Legislativa, já havia antecipado o tema. Segundo ela, a mudança para o critério de idade resolveria uma "confusão". "Eu e o prefeito Greca puxamos uma bandeira. No sábado, conversamos com o ministro Queiroga, com quem temos uma relação próxima, e a proposta que fizemos é que o Brasil adote a vacinação por idade, de 50 a 59 anos, que saíssemos desta confusão das comorbidades", comentou ela aos parlamentares.

"No primeiro dia que o CRM-PR colocou no ar o Portal para emissão das declarações médicas, foram 2.500 declarações de comorbidades. Muita gente que a gente conhece, e sabe que não tem absolutamente nada, arranjou uma doença para ser elegível [para receber a vacina]", disse ela. A secretária também afirmou que o grupo que tem entre 50 e 59 anos é hoje o grupo com mais letalidade, em função do avanço da imunização entre os idosos. "O ideal é que continuássemos por idade, independente de comorbidades. E o ministro foi muito sensível à proposta. É um critério epidemiologicamente sustentável", completou ela. Coordenador da Frente Parlamentar, Michele Caputo (PSDB), disse na sequência que concorda com a proposta.