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| Foto: Cassiano Rosario/Gazeta do Povo

A Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) abriu campanha para arrecadação de material escolar. Os objetos são para crianças e adolescentes em tratamento médico, afastadas do ensino regular e atendidas pelo programa de Escolarização Hospitalar da instituição.

A campanha pede itens básicos para atividades didáticas: lápis de cor; massa de modelar; giz de cera; lápis preto; canetinhas coloridas; caderno de linguagem pequeno; caderno de matemática pequeno; cola; papel A4; borracha; apontador e livros de histórias. Os materiais podem ser doados sem limite de quantidade, já que, muitas vezes, eles não podem ser compartilhados ou reutilizados.

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“A associação não tem como oferecer todo esse material, por isso trabalhamos com doações. Sempre estamos precisando de apoio porque em alguns setores o material que entra não pode sair mais e também não pode ser compartilhado entre as crianças”, explica a enfermeira e coordenadora do Comitê de Humanização da Associação dos Amigos do HC, Regina Tanaka.

A entrega das doações deve ser feita na sede da Associação dos Amigos do HC, na Avenida Agostinho Leão Júnior, 336, a uma quadra do complexo do hospital, no bairro Alto da Glória, em Curitiba. A entidade funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.

Mais que ensino

Mantido em parceria com as secretarias municipal e estadual de Educação – que cedem professores e pedagogos – o programa de Escolarização Hospitalar do HC atende dezenas de crianças e adolescentes todos os dias.

O foco são pacientes que passam por tratamentos que demandam o abandono temporário da atividade escolar regular. No entanto, mesmo atendimentos pontuais, de curta duração, também acabam sendo abraçados pelo projeto, cuja essência não é apenas suprir a defasagem de ensino das crianças e dos adolescentes.

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“Mesmo que elas fiquem aqui por dois dias elas vão receber o atendimento das professoras, porque não é só a questão de validar o conteúdo. Nós também pensamos muito em, com isso, tirar o foco da criança da dor, do procedimento doloroso pelo qual ela vai ter que passar. Isso traz vida pra ela”, ressalta a coordenadora.

Cassiano Rosario/Gazeta do Povo

Desde 2003, quando começou a funcionar, o programa vem somando histórias que o colocam em uma posição de destaque dentro do HC.

Regina relembra que os trabalhos já chegaram, por exemplo, a retomar o interesse de pais pelos estudos e levaram até mesmo à organização de uma formatura nos corredores do hospital. “Teve uma adolescente em tratamento de câncer que terminou o 2°. grau [Ensino Médio] aqui. Fizemos formatura, alugaram beca. E depois ela disse que quando fizesse vestibular seria para ser professora. Esse programa faz uma diferença enorme”, defende a coordenadora.

Além do Hospital de Clínicas, outros 17 hospitais do Paraná estão integrados à Rede de Escolarização Hospitalar, entre eles os hospitais Pequeno Príncipe, do Trabalhador e Erasto Gaertner.

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