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“A repulsa é maior do que a revolta”, desabafa Michael Genofre, pai da menina Rachel
“A repulsa é maior do que a revolta”, desabafa Michael Genofre, pai da menina Rachel| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

A Polícia Civil pediu desculpas à família da menina Rachel Genofre, assassinada brutalmente em Curitiba em novembro de 2008, pela demora na solução do caso. Foram 11 anos de espera até que o principal suspeito fosse apresentado, o que aconteceu na tarde desta quinta-feira (19) na capital paranaense.

“Nós pedimos desculpas à família da Rachel. Onze anos é muito tempo e nós temos a humildade de fazer esse pedido”, afirmou o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Riad Braga Farhat durante a coletiva em que foi revelada a identidade do suspeito. A identificação de Carlos Eduardo dos Santos, 54 anos, detento do presídio em Socorocaba (SP), aconteceu a partir do cruzamento de informações genéticas presentes em bancos de dados do Paraná, São Paulo e Brasília. "Se já existisse esse cruzamento em 2017, quando ele foi preso, já teríamos descoberto seu envolvimento no caso Rachel na época", frisou o delegado.

Para o pai de Rachel, Michael Genofre, a notícia foi recebida como um alívio para uma espera que parecia não ter fim. “Mas agora queremos ver a justiça acontecer. Por um momento, desacreditamos que o caso seria resolvido. Agora queremos saber por que a Rachel e como tudo foi feito”, desabafou. “A repulsa é maior do que a revolta”.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) , o suspeito está atualmente preso em Sorocaba, no interior de São Paulo, mas vivia em Curitiba na época do crime. Segundo as investigações, ele não tinha nenhuma relação com Rachel, mas morava a apenas 700 metros do caminho que a menina fazia para ir à escola, no Centro da capital. “Como pai, espero justiça. Foram 11 anos e esse é um tempo muito grande para descobrir quem era um cara que ficava a apenas 700 metros da escola da minha filha”, destacou Genofre.

Relembre o caso

O corpo da menina Rachel Genofre, de 9 anos, foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba no dia 5 de novembro de 2008, dois dias depois de a menina desaparecer, na saída do Instituto de Educação, escola onde a garota estudava no Centro de Curitiba. Rachel foi posta na bolsa envolvida em dois lençóis. Havia sacolas plásticas na cabeça e a menina estava nua da cintura para baixo. Laudos técnicos comprovaram que Rachel sofreu violência sexual e diversas agressões.

Nas investigações ao longo dos anos, a Polícia Civil chegou a prender diversos suspeitos. Cerca de 100 exames de confronto de DNA foram realizados, mas todos deram negativo. Investigadores chegaram a viajar a quatro estados para interrogar suspeitos.

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