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José Tiago Correia Soroka também passou por um exame psicológico que aponta para a existência de uma “assinatura”.
José Tiago Correia Soroka também passou por um exame psicológico que aponta para a existência de uma “assinatura”.| Foto: Reprodução/ RPC

José Tiago Correia Soroka, suspeito de ser um serial killer que tinha como alvo homossexuais em Curitiba, passou por exames psicológicos. Preso sábado (29), o acusado confessou em depoimento dois crimes e descreveu o que parece ser uma “assinatura”: trancava por fora as casas das vítimas, vestia os homens que matava e os deixava deitados sobre a cama.

Mas Soroka só confessou os crimes já conhecidos da polícia. “Ele disse que se reservaria ao direito de ficar em silêncio sobre outros possíveis crimes. Deu a entender que os motivos para isso era que as histórias mexiam com o emocional dele. O laudo aponta que ele possa ter problemas com a homossexualidade”, explicou o delegado Thiago Nóbrega, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

De acordo com o depoimento, Soroka agia com perfis falsos em aplicativos de relacionamento. Ele escolhia as vítimas de modo semelhante. “Homens que moravam sozinhos e preferiam manter sigilo”, disse Nóbrega. Ao chegar na casa das vítimas, Soroka já estava preparado para cometer os crimes. Ele matava para roubar. Quando a vítima não reagia, ele a deixava desacordada para depois cometer o roubo. Mas a vítima reagisse, acabava assassinada. “Antes de aplicar o mata leão, ele pedia para a vítima tirar a roupa e virar de costas”, explicou o delegado.

O laudo psicológico da perícia foi obtido pelo jornal Boa Noite Paraná, da RPC. A polícia diz que ainda vai apurar o contexto homofóbico dos crimes. O autor diz que o motivo era apenas o roubo, mas há indícios de motivação sexual.

O suspeito de ser serial killer também teria assassinado Robson Olivino Paim, no dia 16 de abril, em Abelardo Luz, em Santa Catarina. Ainda segundo a Policia Civil do Paraná, no dia 11 de maio Soroka teria tentado matar mais um homossexual no bairro do Bigorrilho, em Curitiba. Na ocasião, a polícia disse que a vítima conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens roubados. O relato dessa última vítima, segundo a polícia, foi fundamental para as investigações que resultaram na prisão do suspeito.

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