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| Foto: André RodriguesGazeta do Povo

Um escrivão da Polícia Civil que atua em Curitiba, mas estava trabalhando na Operação Verão no litoral do Paraná, foi preso suspeito de atrapalhar um trabalho de investigação. Segundo a polícia, ele vai responder por corrupção e violação de sigilo, pois tentou atrapalhar a prisão de uma mulher suspeita de aplicar o golpe do falso aluguel de imóveis no litoral do Estado. A prisão foi na última quinta-feira (21), mas só foi descoberta hoje (24).

 De acordo com as informações divulgadas pelo G1 Paraná, a prisão do policial foi feita pela Divisão de Combate à Corrupção (DCCO), com o acompanhamento de uma equipe da Corregedoria-Geral da Policia Civil para garantir que a ação fosse feita da forma que deveria ser. 

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 A polícia começou a investigar a mulher, que era suspeita de estelionato com o tradicional e recorrente, principalmente nesse período de verão, golpe do aluguel. Paralelamente, os policiais perceberam que o escrivão teria se aproximado da família da mulher para repassar informações sobre as investigações e isso atrapalhou o andamento da ação policial. 

 Relação próxima 

Ainda conforme a polícia, o escrivão chegou a intimar o filho da suspeita pelo menos duas vezes de forma não oficial – através de um aplicativo de mensagens –, para que fosse ouvido na delegacia. Para o procedimento, porém, ele deveria ter expedido intimação pelo sistema que ficaria visível a todos os policiais. 

 Uma das situações que levou o filho da mulher até a delegacia foi o fato de que ele teria sido agredido por vítimas do golpe aplicado pela mãe. A intenção dos agressores era a de tentar recuperar o dinheiro investido no aluguel falso. Detalhe é que, enquanto ouvia o rapaz, o escrivão investigado consultava o mandado de prisão da mulher, que estava em aberto, e não fez nada. Isso começou a levantou suspeitas contra o servidor. 

 Conforme as investigações avançavam, os policiais que atuavam no caso do golpe de aluguel foram percebendo dificuldades e que algo estava errado. Num trabalho interno, os investigadores descobriram o servidor estava envolvido na situação, com a missão de atrapalhar a prisão da mulher. 

 Demissão 

O mandado de prisão do policial foi expedido pela Justiça de Guaratuba. O policial foi preso em Curitiba e encaminhado à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), onde há espaço para abrigar policiais presos. 

 Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, paralelo ao inquérito que levou a prisão, foi aberto um procedimento administrativo para apurar a situação. Caso fique comprovada a prática dos crimes, o policial pode até ser demitido.

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