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 | Arquivo da família
| Foto: Arquivo da família

Filho de mãe holandesa e descendente de italianos por parte de pai, Alfredo Peracetta era um curitibano nato. Nasceu e morou durante toda a vida na capital e frequentou com mais assiduidade a região do Boa Vista e Bacacheri.

A antiga grafia da cidade nomeia outra paixão, dessa vez ligada ao futebol. Era um apaixonado torcedor do Coritiba e frequentou regularmente o Couto Pereira até 2012. Depois, assistia aos jogos do time sempre pela tevê. Aficionado pelo clube, influenciou todos os familiares. Filhos, netos, sobrinhos... Não há quem não tenha seguido a paixão de Alfredo. Até quem se interessasse em namorar algum familiar, tinha de passar pelo crivo do time de futebol. “Ele via todos os jogos, sabia de tudo do time, xingava o juiz. Além disso, conseguiu ser um influenciador e ser o patriarca de uma família que é toda de coxas brancas”, conta o filho Alfredo Peracetta Junior.

Nasceu em 1936. Dono de uma longa e bem vivida trajetória, marcou os familiares pelo bom humor e pela contação de causos, uma marca registrada. Teria até topado com um lobisomem, no Boa Vista, de madrugadinha, quando ia para o trabalho. Ninguém duvida que ele teve que correr muito, mas, para muitos, era apenas um cachorro. Só sobreviveu porque subiu em uma árvore e o lendário seguiu em frente. “Os netos ficavam encantados”, lembra o filho.

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Foi casado por 54 anos com Maria Marlene Peracetta. Da aproximação com a moça e do pedido de casamento, também se fez um causo. A futura esposa morava com um dos irmãos mais velhos dela, que era muito bravo. Maria, bonita que só, fazia sucesso com os rapazes, mas todos tinham medo daquele que poderia se tornar o cunhado. Alfredo, dessa vez, não subiu na árvore, mas decidiu enfrentar a fera: declarou-se e ganhou o coração da moça.

A vida profissional foi toda construída em bancos. Foi tesoureiro do antigo Banco Comercial e depois foi para o Banestado. Quando se aposentou, era gerente da agência do Bacacheri. Passou alguns anos lidando com venda de carros, depois de deixar as instituições financeiras. Da aptidão para os negócios, ganhou o apelido de Patinhas, uma alusão ao tio sovina dos quadrinhos. Não era o apelido favorito de Alfredo, mas ele também não se ofendia com a menção. Outras vezes era chamado de doutor, por causa da posição no banco.

Gostava de pescar, tanto na água doce quanto no mar. Levava toda a família para a praia e era muito ligado aos seus sete irmãos. Se reuniram, por muitos anos, todos os domingos. Era Alfredo quem comandava a churrasqueira. “Eles faziam reuniões de família toda a semana e o pai era o assador. Eles eram muito amigos, muito próximos”, lembra o filho. Alfredo foi o penúltimo dos irmãos a falecer. O irmão que ainda vive lutou na Segunda Guerra Mundial e agora é quem guarda a lembrança da família, tão unida.

Com Alfredo –piadista e extrovertido – de tudo acontecia. No último Natal, quando foi a sua vez de se levantar e receber o presente do amigo secreto, suas calças caíram, deixando-o só de cuecas. Acha que este foi um momento vexatório? Que nada. Todos riram e os netos resolveram acompanhar a moda do avô: baixaram as calças e acompanharam o senhorzinho.

Na época em que se aposentou, Alfredo teve um enfarte. Depois disso, o organismo começou a dar sinais de fraqueza. Um quadro de diabetes complicou a saúde do coxa branca. Por fim, o bom humor com o qual levou a vida talvez o tenha recompensado. Ele morreu dormindo, sem sinal de sofrimento, segundo os parentes. Deixa três filhos, seis netos, uma bisneta e um irmão.

Dia 20 de fevereiro, aos 78 anos, de parada cardiorrespiratória, em Curitiba.

Lista de falecimentos - 01/03/2015

Agenor Leite Machado, 76 anos. Profissão: policial militar. Filiação: Alcides Leite Machado e Maria Regina Pinhata. Sepultamento ontem.

Antônio Cabral Monteiro, 87 anos. Profissão: advogado. Filiação: Aníbal de Castro Monteiro e Maria Simonete Cabral Monteiro. Sepultamento ontem.

Antônio Carlos da Cruz, 57 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Otávio Antônio da Cruz e Delmira Paulina de Jesus. Sepultamento ontem.

Célia Regina Tostes, 45 anos. Profissão: do lar. Filiação: Joaquim Regina Tostes e Almerinda Pereira Tostes. Sepultamento ontem.

Edward Ciak, 82 anos. Profissão: torneiro mecânico. Filiação: Antônio Ciak e Antonina Ciak. Sepultamento ontem.

Eliana Mara Bianchessi dos Santos, 55 anos. Profissão: pedagoga. Filiação: José Bianchessi e Nair Barbiero Bianchessi. Sepultamento ontem.

Flora Maria de Queiroz dos Santos, 76 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Sebastião Queiroz e Amélia Rosa. Sepultamento ontem.

Francisco da Silva, 62 anos. Profissão: jardineiro. Filiação: José Hilario da Silva e Elvira Maria da Luz Silva. Sepultamento ontem.

Gertrudes Miranda de Paula do Rio, 58 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Pereira de Paula e Ana de Miranda de Paula. Sepultamento ontem.

Izabel da Luz Laval, 38 anos. Profissão: auxiliar de limpeza. Filiação: João Laval e Teresa Peres dos Santos Laval. Sepultamento às 9h, em local a definir, saindo da Capela Mortuária Municipal de Roncador .

Joaquina Caos Paz, 68 anos. Profissão: do lar. Filiação: Joaquim Moreira Paz e Eva Caos Paz. Sepultamento ontem.

Leonor Lobo Benites, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Carneiro Lobo e Maria Rodrigues Carneiro. Sepultamento às 10h, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula.

Manfred Froese Matos, 28 anos. Profissão: funcionário público federal. Filiação: João Batista Matos e Irene Froese Matos. Cerimônia hoje, no Crematório Jardim da Saudade, em Pinhais, saindo de Igreja dos Menonitas no Bairro Boqueirão.

Manuel Guilherme Bernardo Ferreira, 87 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Carlos Bernardo e Maria Rosa Ferreira. Sepultamento ontem.

Marcos Antônio de Almeida Rossetti, 42 anos. Profissão: serralheiro. Filiação: Decio José Rossetti e Catarina Aparecida de Almeida Mataveli. Sepultamento ontem.

Maria Joana de Souza de Oliveira, 56 anos. Profissão: do lar. Filiação: Cesário Ferreira de Souza e Felícia Rodrigues Cordeiro. Sepultamento ontem.

Rosemary Belmiro, 57 anos. Profissão: do lar. Filiação: Arno Belmiro e Silvanira Gonçalves Belmiro. Sepultamento às 10h, no Cemitério Municipal Bom Jesus dos Passos, em Piraquara.

Tarciso Tavares Paes, 69 anos. Profissão: comerciante. Filiação: José Tavares Paes e Ana Domingues Tavares. Sepultamento ontem.

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