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 | Henry Milleo/Gazeta do Povo
| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Durante mais de cinco décadas, em Curitiba, o nome de Carlos da Costa Coelho foi sinônimo de elegância. Os tempos até podem ter ficado piores, como se diz, mas não no local em que seu Coelho reinou – a Praça Osório, esquina com a Senador Alencar Guimarães. Foi ali, em 1957, que o comerciante abriu a refinada Casa Coelho, de artigos masculinos, ainda hoje em funcionamento. Seu criador nunca foi à Inglaterra, mas quem olha a magazine a acha idêntica às que existem por lá.

Não à toa, a loja, instalada no térreo do sofisticado Edifício Dona Júlia, está entre os mitos do comércio local: já recebeu clientes como o astro do cinema americano Anthony Quinn (a quem emprestou um chapéu durante a estada do ator em Curitiba, em 1998, para filmar Oriundi), o ex-presidente Juscelino Kubitschek, o cantor dor-de-cotovelo Cyl Farney. Pisar ali é a tal da viagem no tempo – um tempo em que os cavalheiros faziam ternos com cortes ingleses. "Ele não acreditava em moda, mas em qualidade", lembra o filho Antônio Carlos Coelho, 60 anos, historiador.

Na mocidade, nada indicava que o Coelho viria a se tornar uma referência em trajes para homens. Cresceu em família educada, é verdade, mas de hábitos modestos. Nasceu em Guaxupé (MG) e se mudou para o Paraná em 1929, ano em que os seus pais driblaram a crise procurando a terra das oportunidades. Prosperou. Em Curitiba, o patriarca, vulgo "Coelho Branco", veio a se tornar um dos funcionários de confiança do prefeito Erasto Gaertner. Talvez tenha sido nesse meio que o filho Carlos se "alfabetizou" nas regras da etiqueta e da polidez.

Gostava de andar na "estica", como se dizia sobre os mais asseados. Uma das anedotas familiares era de que, quando jovem, chegou a trancar o armário de roupas com cadeado, para que o irmão não as usasse. Trocava a gravata pelo traje esportivo apenas nos fins de semana. Mas teve outras tantas paixões, além de se vestir bem. Pleiteou a carreira de jogador futebol. Mesmo sendo atleticano dos mais convictos, jogou pelo Coritiba, time do qual era vizinho, no Alto da Glória. E logo viria outro interesse – os automóveis, assunto no qual se tornou expert. "Trouxe o primeiro DKW para a cidade", lembra o filho. Esse ramo o levou a trabalhar no aquecido mercado de São Paulo. Podia não ter voltado, mas parecia ter encontro marcado com Curitiba.

Foi em São Paulo que seu melhor amigo abriu a casa Old England, na Rua Marconi, levando-o a ter uma ideia pouco recomendada: fazer algo semelhante por aqui, então uma cidade de província, com 360 mil habitantes, e já bem servida por magazines como a Lord, Ottoni e Leutner. Fez de conta que não ouviu. E fez bem. A Casa Coelho – sua Old England nos pinheirais – deu tão certo que marcou os dias de seu fundador e a história do comércio local, resistindo a todas as mudanças pelas quais passou o Centro da capital. Os herdeiros estão dispostos a mantê-la aberta, tal e qual.

Coelho sempre se levantava muito cedo e pronto se mandava para a Praça Osório – por muito tempo a bordo dos carros de que cuidava como se fossem joias, a exemplo de um Maverick 74. À tarde, cumpria compromissos no banco e às 16h30 estava de novo atrás do balcão, para atender pessoalmente sua clientela fiel. Seguiu a rotina até 30 de julho passado, quando seus problemas de saúde se agravaram. "Ele gostava de ir à Boca Maldita. E os amigos, de vir aqui, cumprimentá-lo, bater papo no escritório", lembra Antônio Carlos.

O patriarca dos Coelho continuou amando automóveis, a torcer pelo Atlético, a celebrar a vida a bordo do melhor vestuário e acessórios. Caso raro, sua loja permaneceu fiel a si mesma, como de resto, aquele que a criou. Era viúvo de Janina Parolin e deixa viúva Claudete da Luz, três filhos e três netos.

Dia 9 de agosto de 2014, aos 91 anos, em Curitiba.

Conteúdo extra: confira o perfil de Carlos da Costa Coelho publicado na Gazeta do Povo em 2012 - http://bit.ly/1sLsCxa.

Adelaide Barros da Rocha, 88 anos. Profissão: do lar. Filiação: Claudiano Alves da Rocha e Maria da Conceição da Rocha. Sepultamento às 10h, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical.

Ademar Belmiro da Silva, 50 anos. Profissão: pintor. Filiação: Osvaldo Belmiro da Silva e Olidia da Silva. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo da capela mortuária na Vila Autódromo, no Cajuru. Adriane Fátima Cordeiro Prestes, 39 anos. Profissão: auxiliar. Filiação: Olevi Prestes e Suelita Cordeiro Prestes. Sepultamento ontem.

Agenor Elias Portela, 87 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Thomaz Portela e Maria Augusta Portela. Sepultamento ontem.

Alvacy Roque de Carvalho, 82 anos. Profissão: bancário. Filiação: Egídio Constâncio de Carvalho e Maria de Jesus Carvalho. Sepultamento ontem.

Amador Marinho, 63 anos. Profissão: mecânico. Filiação: Caetano José Marinho e Maria Freires Marinho. Sepultamento hoje, Cemitério Memorial da Vida, em São José dos Pinhais.

Anastácia Petry Penerich, 90 anos. Profissão: costureira. Filiação: José Vendelino Petry e Maria Otília Schmitt. Sepultamento às 9h, no Cemitério Evangélico de Cachoeira, em Almirante Tamandaré, saindo do Cemitério Municipal São Francisco de Paula - capela 1. Benjamim Soares Mota, 98 anos. Profissão: lavrador. Filiação: José Soares Mota e Maria Pereira Mota. Sepultamento ontem.

Darcina Ribeiro Baptista, 85 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Ribeiro Baptista e Domingas Ribeiro. Sepultamento às 10h, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo da capela 4. Domingas Orso Bosa, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Orso e Celina Pires. Sepultamento ontem.

Edelvito Cezar Leite, 76 anos. Profissão: músico. Filiação: Sergino Webber Leite e Elisia Dalcol Leite. Sepultamento ontem.

Elton Douglas da Costa, 31 ano. Profissão: auxiliar. Filiação: Teresinha Elisabete da Costa. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida.

Fagner Garcia Ferreira, 22 anos. Profissão: metalúrgico. Filiação: Hélio Garcia Ferreira e Noeli Nis. Sepultamento ontem.

Francisco de Assis Barros, 77 anos. Profissão: técnico em segurança do trabalho. Filiação: Raul Barros e Maria Cecília de Barros. Sepultamento ontem.

Gabriel José Vicente Ferreira Thomaz, 15 anos. Profissão: estudante. Filiação: João José Thomaz e Marilei Araújo Ferreira. Sepultamento ontem.

Herondina Pereira da Cunha, 91 anos. Profissão: do lar. Filiação: Luiz Pereira da Cunha e Doralice Maria Crisostomo. Sepultamento às 15h, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da capela 1.

Jorge da Costa, 79 anos. Profissão: técnico em manutenção. Filiação: João Domingues da Costa e Lina Maria de Jesus. Sepultamento às 10h, no Cemitério Memorial da Vida, em São José dos Pinhais, saindo de Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, na Vila São Paulo, no bairro Uberaba.

José Aparecido Gomes, 69 anos. Profissão: extrusor. Filiação: João Teodoro Gomes e Rosa de Jesus Gomes. Sepultamento ontem.

José Cirilo da Silva, 73 anos. Profissão: motorista. Filiação: Pedro Cirilo da Silva e Francisca Lourenço da Silva. Sepultamento ontem.

José Lourenço de Castro, 57 anos. Profissão: mecânico. Filiação: José Carlos de Castro e Isolina de Castro. Sepultamento ontem.

Jurema de Souza Arantes, 58 anos. Profissão: assistente administrativo. Filiação: Sebastião de Souza Arantes Filho e Deolinda de Souza Arantes. Sepultamento ontem.

Lindaura Cardoso Costa, 60 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Aperito Alves Cardoso e Natividade Segura Cardoso. Sepultamento ontem.

Lúcia Chomem dos Santos, 51 ano. Profissão: cozinheiroa. Filiação: Josefat Chomem e Maria Rak Chomem. Sepultamento ontem.

Manoel Vilson dos Santos, 76 anos. Filiação: Manoel Dias dos Santos e Alba Novak dos Santos. Sepultamento ontem.

Maria Conceição Litz, 71 anos. Profissão: doméstica. Filiação: Felisbino Rodrigues dos Santos e Genoveva Rodrigues dos Santos. Sepultamento ontem.

Maria Inêz Ceccatto, 63 anos. Profissão: do lar. Filiação: Cassemiro Arcari e Alda Ceni Arcari. Sepultamento às 9h, no Cemitério Jardim da Saudade I.

Maria de Lourdes dos Santos, 59 anos. Profissão: funcionária pública municipal. Filiação: José Francisco Alves e Maria da Glória Alves. Sepultamento às 16h, em local a definir, saindo da Primeira Igreja do Evangelho Quadrangular de Telêmaco Borba (PR).

Naomi Marti de Andrade, 88 anos. Profissão: do lar. Filiação: Wilhelm Marti e Bertha Marti. Sepultamento ontem.

Neuza Lopes Parangaba Azevedo, 76 anos. Profissão: do lar. Filiação: Valdivino Lopes da Silva e Josefa Lopes Parangaba. Sepultamento ontem.

Odinir Olavo Jacques, 58 anos. Profissão: vendedor Filiação: Olavo Antônio Jacques e Silveira Jacques. Sepultamento ontem.

Orlanda Lopes Alvarez Costa, 53 anos. Profissão: auxiliar de produção. Filiação: Eduardo Lopes Alvarez e Hilda dos Santos Alvarez. Sepultamento ontem.

Regina Romanowski Terbai, 59 anos. Profissão: pedagoga. Filiação: Theodoro Romanowski e Otília Helena Romanowski. Cerimônia hoje, no Crematório Vaticano, saindo da Capela Vaticano - Esmeralda.

Rodrigo Ramirez, 31 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Sueli Aparecida Ramirez. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão.

Santiago dos Santos, 83 anos. Filiação: Praxedes dos Santos e Maria Eugenia Dias. Sepultamento ontem.

Sebastião Masiero, 56 anos. Profissão: marceneiro. Filiação: Henrique Masiero e Vitória Lopes Masiero. Sepultamento às 9h30, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, saindo de Santa Felicidade.

Sebastião de Jesus Leonor, 61 anos. Profissão: motorista. Filiação: José João Leonor e Rosa Júlia Leonor. Sepultamento ontem.

Sérgio Alberto Kleinibing Júnior, 24 anos. Profissão: auxiliar de produção. Filiação: Sérgio Alberto Kleinibing e Bernadete Rosa Santos do Nascimento. Sepultamento ontem.

Teresinha Antônia Padilha, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Arsenio Padilha e Maria Padilha. Sepultamento às 10h30, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, saindo da Capela Vaticano - Jade.

Waldecy Nadal Matos, 79 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio Nadal e Edy Fonseca Nadal. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de local a ser designado.

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